Intolerância

Ajuda à Igreja que sofre lança obra sobre a perseguição religiosa

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) e a Paulinas Editora apresentaram ontem, em Lisboa, a obra “Por causa do meu nome. Perseguição aos cristãos nos dias de hoje“, da autoria de Reinhard Backes.

Ao serviço da AIS, organização católica internacional, Backes reuniu exemplos de intolerância contra os cristãos em países islâmicos, regimes comunistas e, num grupo mais genérico, no meio de conflitos de interesses, como por exemplo na Venezuela e na Bósnia-Herzegovina.

Ao longo de 267 páginas são apresentados exemplos perturbantes de intolerância contra os cristãos e das respectivas perseguições brutais no mundo de hoje, complementados com informações fundamentadas sobre a situação dos cenários concretos da perseguição.

O autor considera que estas perseguições só “aparentemente” se devem a motivos religiosos e que “as verdadeiras razões são de natureza político-étnica e socioeconômica”.

No lançamento da obra, Carlos Pinto de Abreu, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados, referiu que a obra gira em volta da temática da “liberdade religiosa como direito fundamental, como um dos direitos humanos fundamentais”.

“Com a convicção, o esforço e até o martírio de muitos, hoje o mundo está bem melhor do que ontem e amanhã estará, por certo, bastante melhor”, indicou.

Para ele há um direito a “uma vida pública religiosa” e é necessário “lutar diariamente, com uma perspectiva positiva” por esse direito.

“Combater as violações graves e permanentes que se verificam, um pouco por todo o mundo, é duro, mas sempre e afinal gratificante”, prosseguiu.

D. Daniel Marko Kur Adwok, Bispo auxiliar de Cartum, apresentou um breve retrato da situação da Igreja Católica e dos cristãos no Sudão, denunciando o programa de “islamização” do governo local, que acentua as diferenças entre Norte e Sul.

“Se a única forma de vida permitida pelo governo é o Islã  não se tolera o Cristianismo, então passaremos à fase de escravatura. Os cristãos não querem isso, mas se a situação não for resolvida, o Sul deve separar-se do Norte”, defende.

O Bispo tem sido uma voz incômoda para o regime, denunciando as falhas de quem governa o Sudão no que diz respeito à construção de um país próspero e pacífico.

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