A doação da AIS possibilitará às igrejas que têm acolhido os refugiados a fornecer alimentos, roupas, água potável e medicamentos
Da redação, com AIS
Em resposta aos insistentes apelos do Patriarca Caldeu no Iraque, Dom Louis Sako, perante o agravamento da dramática situação em que se encontram milhares de famílias cristãs iraquianas, em fuga dos jihadistas, a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) decidiu enviar uma “ajuda de emergência” no valor de 130 mil euros.
A doação complementa outra realizada no mês de junho no valor de 100 mil euros.
No domingo, Dom Sako voltou a sublinhar que a “ajuda humanitária” enviada às famílias cristãs que atualmente se encontram na região do Curdistão “é insuficiente”, e a situação tem se agravado acentuadamente nas últimas horas.
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Só em Ainkawa, na região de Erbil, há 70 mil cristãos deslocados, bem como elementos de outras minorias que fugiram para a cidade. Igrejas acolhem refugiados, há pessoas que dormem nas ruas e nos parques públicos, “numa situação deplorável”.
Em pior situação estão os cerca de 60 mil refugiados em Dohuk, situada mais ao norte do país.
A doação da AIS possibilitará aos responsáveis das igrejas nestes locais fornecer alimentos, roupas, água potável e medicamentos, e assim, oferecer uma assistência mais eficaz aos cristãos, expulsos de suas terras e que tiveram todos os seus bens confiscados pelos jihadistas do Estado Islâmico.
Entretanto, apesar dos ataques aéreos norte-americanos contra alvos jihadistas na região curda, a ofensiva dos militantes do Estado Islâmico parece não ter fim. No domingo, 10, foi tomada mais uma cidade, Jalawla, no nordeste do país, a cerca de 130km de Bagdá, após dois dias de combates com as força de segurança curdas, os “peshmergas”.
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