Em Nova York

Acordo de Paris para o clima avança em Assembleia da ONU

Ban Ki-moon disse estar confiante na sua entrada em vigor até o fim de seu mandato como secretário-geral, ainda em 2016

Da redação, com ONU

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, promoveu nesta quarta-feira, 21, uma cerimônia para impulsionar a ratificação do Acordo de Paris – tratado global sobre mudanças climáticas aprovado em dezembro do ano passado, durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

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Ban Ki-moon promove Acordo de Paris para o clima em Assembleia da ONU / Foto: ONU/Rick Bajornas

No total, 60 países ratificaram o Acordo, que precisava de 55 ratificações.

O total de emissões globais, no entanto, ainda não foi alcançado: falta 7,5% para alcançar os 55% necessários à entrada em vigor do documento. O Brasil foi um dos países que entregou o instrumento de ratificação hoje.

Ban Ki-moon disse estar confiante na sua entrada em vigor até o fim de seu mandato como secretário-geral, ainda em 2016.

“O que antes parecia impossível agora é inevitável. Estou confiante de que, no momento em que eu deixar o cargo, o Acordo de Paris terá entrado em vigor. Esta será uma grande conquista para o multilateralismo”, disse Ban.

“Ele [o acordo de Paris] vai ajudar a acelerar os esforços para proteger os pobres e os mais vulneráveis contra o aumento dos impactos climáticos. Vai estimular os governos na implementação rápida dos seus planos climáticos nacionais. E enviará um sinal forte para o setor privado de que o futuro pertence àqueles que investirão no desenvolvimento de baixo carbono e em uma economia resiliente climática”, acrescentou.

Durante a cerimônia, chefes de Estado e de Governo entregaram seus instrumentos de ratificação ou enviaram vídeos informando sobre o status da ratificação.

A secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), Patricia Espinosa, afirmou que este é um “momento extraordinário” para as nações e um “sinal claro” de sua determinação em implementar o Acordo de Paris e aumentar a ambição ao longo das próximas décadas.

“Estamos agora ansiosos para alcançar o mínimo (de emissões) que fará com que, 30 dias mais tarde, entre em vigor o Acordo”, disse Espinosa, se referindo aos 55% de emissões globais de gases de efeito de estufa previstos no texto do tratado.

“Hoje podemos dizer com cada vez mais confiança que este momento histórico provavelmente virá muito em breve, talvez até mesmo no momento em que os governos se encontrarem para a próxima rodada de negociações sobre o clima em Marrakech, Marrocos, em novembro”, acrescentou a chefe da UNFCCC.

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