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Balanço

ACN sobre Sri Lanka: Dois meses após atentados, medo continua

Fundação Pontifícia ACN visitou o Sri Lanka e realizou balanço da situação após os ataques terroristas ocorridos em abril deste ano

Da redação, com ACN

Após dois meses dos atentados contra Igrejas e hotéis no Sri Lanka, ocorridos no dia 21 de abril – Domingo de Páscoa, o sentimento de medo continua entre a comunidade cristã do país segundo a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) .

O departamento da ACN de projetos para a Ásia realizou uma recente visita ao Sri Lanka onde procurou fazer um balanço da situação do país após os ataques terroristas que causaram a morte de aproximadamente 300 pessoas. “A população em geral e especialmente os cristãos ainda estão em estado de choque”, afirmou Veronique Vogel, membro do departamento.

“As medidas de segurança foram muito rigorosas durante a visita”, explicou Veronique, acrescentando que as forças de segurança e os militares estão em toda parte, mas isso não impede que as pessoas sintam medo, especialmente entre a população cristã.

O sentimento de medo explica-se, de acordo com a responsável da Fundação ACN, pelo fato de as autoridades terem identificado e detido apenas alguns dos terroristas responsáveis pelos atentados, enquanto a população do Sri Lanka acredita no envolvimento de mais pessoas no atentado. Veronique Vogel afirma que a população tem consciência de que há pessoas extremamente perigosas que estão em liberdade e que podem atacar novamente a qualquer momento.

Durante a visita, a delegação da Fundação ACN visitou a capital, Colombo, assim como a cidade vizinha de Negombo, que foram palco de ataques a igrejas e hotéis no Domingo de Páscoa. “Esta viagem foi organizada para que pudéssemos ver por nós próprios o estado em que se encontram as paróquias católicas e assegurar a nossa solidariedade às respectivas comunidades, pois os ataques terroristas foram especificamente direcionados para os cristãos”, afirmou Veronique.

Apesar de as igrejas do Sri Lanka estarem abertas desde o dia 21 de maio, Veronique Vogel observa que a maioria dos cristãos permanece em estado de choque: “Muitos disseram-me que têm medo de entrar nas igrejas ou que se sentem aterrorizadas quando ouvem os sinos a tocar. É um testemunho que revela uma memória angustiada do dia dos atentados”.

Igreja de Santo Antônio, no Sri Lanka, foi um dos pontos em que houve explosão/ Foto: Dinuka Liyanawatte- Reuters

No entanto, a responsável pelos projetos da Fundação ACN para a Ásia também registrou testemunhos de pessoas que apesar de terem perdido membros da sua família ou amigos afirmam-se mais fortes na sua fé. Igualmente relevante é o fato de muitas das pessoas contatadas por Vogel assumirem a importância de todos trabalharem ativamente pela paz, de forma a se impedir o regresso da guerra civil.

Sinal também de que a comunidade cristã procura ultrapassar o trauma que está a atravessando, é a Igreja de Santo Antônio, que foi atingida pelo ataque bombista no Domingo de Páscoa, e foi reconsagrada na última quinta-feira, 13, durante a festa do padroeiro, estando em evidência uma placa em pedra em que constam os nomes das 54 vítimas das explosões que ocorreram precisamente às 8h45 do dia 21 de Abril.

Os atentados terroristas do Domingo de Páscoa visaram três igrejas cristãs e alguns hotéis na cidade de Colombo e na de Negombo e causaram pelo menos 253 mortos e cerca de 500 feridos. As autoridades afirmam que os ataques foram da responsabilidade de um grupo jihadista local apesar de o daesh, o auto-proclamado Estado Islâmico ter reivindicado a sua autoria. O Sri Lanka tem aproximadamente 22 milhões de habitantes, dos quais, cerca de 70% são budistas, 12,5% hindus, 9,5% muçulmanos e apenas 8% cristãos.

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