Flavio Briatore está arrasado por ter sido expulso da Fórmula 1 pelo resto da vida, devido ao seu envolvimento na manipulação de uma corrida, e cogita abrir um processo contra a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), disse a imprensa italiana nesta terça-feira.
O ex-dirigente da equipe Renault foi punido na segunda-feira por ter ordenado que o brasileiro Nelsinho Piquet provocasse um acidente no GP de Cingapura de 2008, a fim de ajudar seu colega de equipe Fernando Alonso.
"Estou abalado", disse Briatore, 59 anos, à Gazzetta dello Sport.
Há relatos de que ele estaria planejando mover uma ação em um tribunal de Paris para provar sua inocência e obter indenizações por danos morais.
Briatore foi demitido da Renault na semana passada, junto com o engenheiro Pat Symonds, que na segunda-feira, 21, recebeu da FIA uma suspensão de cinco anos.
A Renault, por sua vez, não contestou as acusações e foi advertida com uma ameaça de suspensão definitiva da categoria caso se envolva em um novo incidente grave até o final da temporada de 2011.
O bicampeão mundial Fernando Alonso, que venceu o GP de Cingapura com a ajuda da entrada do safety car na pista depois do acidente de Nelsinho, foi inocentado. O brasileiro, filho do tricampeão Nelson Piquet, recebeu imunidade porque aceitou contar a verdade no caso. Ele havia sido demitido pela Renault neste ano.
Carlos García, presidente da Federação Espanhola de Automobilismo e membro do Conselho Mundial de Automobilismo da FIA, também ficou chocado com o banimento de Briatore.
"Parece-me excessivo, não havia prova clara contra ele, e ele não conseguiu se defender", afirmou o dirigente ao site do jornal esportivo As. "Além do mais, eu não descartaria que ele vá à Justiça comum, já que ficou sem meios de ganhar a vida."
Briatore, que tem negócios em sociedade com o dirigente da categoria Bernie Ecclestone e tinha atuação de destaque na Associação de Equipes da F1 (Fota), não compareceu à audiência de segunda-feira em Paris.
Ele ficou proibido de ter qualquer atividade na categoria, o que inclui seu papel como empresário de Piquet, Alonso e outros pilotos, como o australiano Mark Webber, da Red Bull.
A imprensa italiana disse que ele pode vir a criar uma categoria rival.
Mais bem sucedido como empresário do que nos boxes, Briatore já esteve envolvido neste ano com a ideia de criar uma nova categoria que confrontasse a FIA, e há muito tempo vinha dizendo que a F1 havia se tornado chata.
Siga o Canção Nova Notícias no twitter.com/cnnoticias
Conteúdo acessível também pelo iPhone – iphone.cancaonova.com