Na homilia de hoje, Papa pediu que a Igreja seja humilde, pobre e confiante em Deus; a verdadeira riqueza da Igreja são os pobres, enfatizou
Da Redação, com Rádio Vaticano
A Igreja seja humilde, pobre e confiante no Senhor. Esse foi o convite do Papa Francisco na Missa desta terça-feira, 15, na Casa Santa Marta. O Papa destacou que a pobreza é a primeira das bem-aventuranças e acrescentou que a verdadeira riqueza da Igreja são os pobres, não o dinheiro ou o poder mundano.
Jesus repreende com força os chefes dos sacerdotes e os adverte que até mesmo as prostitutas os precederão no Reino dos Céus. O Papa partiu do Evangelho do dia para alertar sobre tentações que mesmo hoje podem corromper o testemunho da Igreja. Também na Primeira Leitura, do Livro de Sofonias, se veem as consequências de um povo que se torna impuro e rebelde por não ter ouvido o Senhor.
Segundo Francisco, a Igreja fiel ao Senhor deve ser humilde, pobre e confiante em Deus. “Uma Igreja humilde, que não se escore em poderes, em grandezas. Humildade não significa uma pessoa lânguida, apática, que faz olhos brancos…Não, isso não é humildade, isso é teatro! Isso é fingir humildade. A humildade tem um primeiro passo: ‘eu sou pecador’. Se você não é capaz de dizer a você mesmo que é pecador e que os outros são melhores que você, não é humilde. O primeiro passo na Igreja humilde é sentir-se pecadora, o primeiro passo de todos nós é o mesmo”.
O segundo passo é a pobreza, que é a primeira das bem-aventuranças, disse o Papa, enfatizando que a Igreja não pode ser apegada ao dinheiro.“Os pobres são as riquezas da Igreja. Se você tem um banco seu, você é o patrão de um banco, mas o teu coração é pobre, não é apegado ao dinheiro, está a serviço sempre. A pobreza é esse desprendimento, para servir aos necessitados, para servir aos outros”, acrescentou.
O terceiro ponto destacado pelo Papa foi a confiança em Deus. “Onde está a minha confiança? No poder, nos amigos, no dinheiro? No Senhor! Essa é a herança que o Senhor nos promete: ‘Deixarei em meio a vós um povo humilde e pobre, que confiará no nome do Senhor”.
“Nesta espera pelo Senhor, pelo Natal, peçamos que nos dê um coração humilde, um coração pobre e, sobretudo, um coração confiante no Senhor porque o Senhor não desilude jamais”, concluiu Francisco.