Ângelus

A liberdade cristã é o seguimento de Cristo até a cruz

Partindo das leituras bíblicas da Missa deste Domingo, Bento XVI meditou sobre o tema fascinante da liberdade e seguimento de Cristo. Salientando que Jesus, na obediência ao Pai realiza a própria liberdade, como opção consciente motivada pelo amor, o Santo Padre acrescentou que Ele não viveu a sua liberdade como arbítrio ou como domínio; viveu-a como serviço.

Desta maneira encheu de conteúdo a liberdade, que caso contrario permaneceria vazia possibilidade de fazer ou não fazer algo. O Apóstolo Paulo, escrevendo ao Gálatas diz: “Vós irmãos fostes chamados á liberdade. Não tomeis porém a liberdade como pretexto para servir a carne. Pelo contrário, fazei-vos servos uns dos outros pela caridade”.

Viver segundo a carne – explicou depois o Papa – significa seguir a tendência egoísta da natureza humana. Viver segundo o Espírito pelo contrário é deixar-se guiar nas intenções e nas obras pelo amor de Deus que Cristo nos deu. A liberdade cristã é portanto algo muito diferente da arbitrariedade: é seguimento de Cristo no dom de si mesmo até ao Sacrifício da Cruz.

«Pode parecer um paradoxo, mas o Senhor viveu o cume de sua liberdade na cruz, como cume do amor», afirmou.

Por isso, quando no Calvário gritavam a Jesus: «Se és o Filho de Deus, desce da cruz!», «ele demonstrou sua liberdade de Filho ficando precisamente nesse patíbulo para cumprir até o final a vontade misericordiosa do Pai», disse o Papa.

Recordou que esta experiência foi compartilhada por outros «muitos testemunhos da verdade: homens e mulheres que demonstraram ser livres inclusive na cela de um cárcere ou sob as ameaças da tortura».

Assim se entende, concluiu, o que Cristo quer dizer com a expressão: «A verdade vos fará livres».

«Quem pertence à verdade nunca será escravo de nenhum poder, mas saberá sempre se fazer livremente servo dos irmãos», indicou.

Concluindo, o Santo Padre convidou a olhar para Maria, pedindo-lhe que com a sua atenção materna nos ajude a seguir Jesus, para conhecer a verdade e viver a liberdade no amor.

Depois da oração mariana do Ângelus, Bento XVI quis unir-se uma vez mais á dor do povo colombiano vitimados pelo ódio fratricida. “Da Colômbia chega a triste notícia do bárbaro assassinato de onze deputados regionais do departamento do Vale del Cauca, que durante mais de cinco anos permaneceram nas mãos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

Enquanto elevo orações de sufrágio, uno-me á profunda dor dos familiares e da amada Nação colombiana e renovo o meu premente apelo para que cessem imediatamente todos os sequestros e sejam restituídos ao afeto dos seus queridos todos aqueles que ainda são vítimas de tais formas inadmissíveis de violência”.

 

 

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