A comunidade católica de Santo Egídio vai apresentar na ONU 5 milhões de assinaturas contra a pena de morte no mundo. O ato acontecerá na próxima sexta-feira, 2 de Novembro, culminando uma iniciativa conjunta da comunidade e da Coligação Mundial contra a pena de morte.
As assinaturas foram recolhidas nos cinco Continentes e pedem uma moratória universal da pena capital. A entrega acontece antes da discussão, na 62ª Assembléia Geral da ONU, da resolução para essa mesma moratória, que será apresentada por 60 países.
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Entre os que apoiam esta iniciativa estão: o Cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz; Adolfo Perez Esquivel, prêmio Nobel da Paz de 1980; o Arcebispo da Cantuária, Rowan Williams, Primaz da Igreja Anglicana.
Situação da pena de morte no mundo
Segundo dados da Anistia Internacional (AI), o número de execuções caiu mais de 25% em 2006. Ano em que foram aplicadas pelo menos 1.591 penas de morte em 25 países, em contraste com as 2.148 execuções em 2005.
Um total de 133 membros da ONU já aboliu a pena de morte na legislação ou na prática. Só 25 países realizaram execuções em 2006, 91% delas em apenas seis nações: China, Irã, Iraque, Paquistão, Sudão e EUA.
A AI lamentou que os EUA se mantenham como o único país da América a fazer execuções desde 2003, embora registrando que os EUA "estão se colocando lentamente contra" a pena capital.
Nos EUA, onde a pena está prevista em 38 estados, há atualmente 3.350 condenados no "corredor da morte" – dos quais 42% são negros e 11% são hispânicos.