“O mundo pode e deve fazer mais para tornar 2015 um ano muito melhor para todas as crianças”, diz o diretor executivo do UNICEF
Da redação, com NacoesUnidas.org
Cerca de 15 milhões de crianças foram afetadas em conflitos violentos pelo mundo durante o ano de 2014, contabilizou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). A organização afirmou ainda nesta segunda-feira, 8, que nunca na história recente tantas crianças estiveram sujeitas a tamanha brutalidade.
Estima-se que 230 milhões de crianças vivam em áreas afetadas por conflitos armados e, por isso, estão sujeitas a assassinatos, sequestros, torturas, recrutamentos e estupros, além de frequentemente se tornarem órfãs e serem vendidas como escravas.
Exemplos desta brutalidade podem ser vistos em dezenas de locais em todo o planeta. Na Síria, mais de 7,3 milhões de crianças sofrem pelo conflito, das quais 1,7 milhão encontram-se em situação de deslocamento.
Pelo menos 35 ataques a escolas aconteceram nos primeiros nove meses do ano, que levaram à morte de 105 crianças e deixaram quase 300 feridas.
O surto de ebola na África Ocidental representa uma nova ameaça à saúde e ao bem estar infantis, uma vez que a epidemia já deixou milhares de crianças órfãs, além de impedir cerca de 5 milhões de crianças de frequentar a escola.
Em Gaza, 54 mil crianças perderam suas casas, como resultado do conflito com Israel, que também matou 538 e feriu mais de 3 mil crianças.
“A violência e o trauma fazem mais do que ferir crianças individualmente – eles minimizam a força das sociedades”, disse o diretor executivo do UNICEF, Anthony Lake. “O mundo pode e deve fazer mais para tornar 2015 um ano muito melhor para todas as crianças”.