Santa Missa

Padre Wagner sobre Monsenhor Jonas: um abraço que já deixa saudades

Sacerdote presidiu a Santa Missa após a chegada do corpo do fundador da Canção Nova no Santuário do Pai das Misericórdias; Sepultamento será nesta quinta-feira, 15

Jéssica Marçal e Julia Beck
Da redação

Foto: Larissa Ferreira

Com a dor da perda, mas a esperança da ressurreição, a Comunidade Canção Nova e fiéis se despedem do fundador, Monsenhor Jonas Abib, nesta quinta-feira, 15. O cortejo com o corpo do sacerdote deixou o Centro de Evangelização Dom João Hipólito de Moraes, às 6h, rumo ao Santuário do Pai das Misericórdias, onde o velório segue até as 15h.

Acesse
.: Notícias sobre o adeus ao Monsenhor Jonas Abib

Durante o curto trajeto, orações, cantos, lágrimas. A chácara de Santa Cruz, sede da  Comunidade Canção Nova, foi tomada por uma multidão que quis dar o adeus ao padre Jonas.

O corpo do padre Jonas foi levado pelo carro de bombeiros, para o qual fiéis acenavam com fé. A chegada ao Santuário foi marcada por aplausos.

Santa Missa

A primeira Santa Missa de corpo presente do Monsenhor Jonas Abib no Santuário do Pai das Misericórdias foi presidida pelo missionário e vice-presidente da Comunidade Canção Nova, padre Wagner Ferreira.

Em sua homilia, o sacerdote retomou o evangelho de São Mateus (Mt 25,1-13). Nele, Jesus conta a parábola sobre as virgens previdentes que se prepararam para a chegada do noivo. Segundo padre Wagner, Monsenhor Jonas faz parte desta multidão de pessoas que, assim como as virgens previdentes, esperam e esperaram Jesus com prudência.

O vice-presidente da Canção Nova afirmou que o Monsenhor Jonas viveu sua vida e ministério com intensidade. “Teve a graça de fundar uma comunidade e instituir na Igreja um carisma que perdurará para sempre.”

O presbítero frisou que enquanto os vivos aguardam e esperam o “dia glorioso do Senhor”, Jesus, o noivo, abriu as portas do céu e recebeu o fundador da Canção Nova na glória do céu com a “sua lâmpada acesa, a lâmpada do Espírito.”

Vida carismática

Padre Wagner destacou que Monsenhor Jonas viveu uma vida carismática. “Não só pelo Batismo no Espírito Santo, mas por ter levado essa experiência Brasil a fora. Quantas pessoas se abriram aos dons carismático, dons de serviço, cura e profecia, dons de milagres”, lembrou o sacerdote.

 O vice-presidente da Canção Nova comentou também sobre os muitos milagres que em vida Deus realizou por meio da oração do Monsenhor Jonas. “Recebemos testemunhos”, reforçou.

Por vezes, o fundador da Canção Nova foi humilhado e criticado, observou padre Wagner. O presbítero sublinhou que, diante das criticas, é importante salientar que a Igreja é multiforme.

Carisma de Dom Bosco

Monsenhor Jonas aprendeu com o carisma de Dom Bosco, disse padre Wagner ao lembrar que a Canção Nova faz parte da Família Salesiana.

Ao representar o fundador da comunidade nas reuniões da Família Salesiana, o sacerdote disse que me era impressionante a capacidade dos salesianos de abrir os braços e acolher a todos.

De acordo com o presbítero, Monsenhor Jonas não quis uma Canção Nova fechada em si mesma, não quis que fosse um gueto no qual apenas seus membros se salvariam “desse mundo perdido”, ele quis uma Canção Nova para todos.

“Com esse ser carismática, da raiz de Dom Bosco, ele se abriu para todos. Quis que a  Canção Nova fosse uma casa para todos, casa da misericórdia. E aqui está o seu Santuário do Pai das Misericórdias. Ele não sonhou sozinho, muitos e muitos sonharam com ele. Um lugar para acolher a todos”.

Afetuoso e misericordioso

Segundo padre Wagner, Monsenhor Jonas era um carismático porque também era muito afetuoso. “Afetuosidade que aprendeu com a sua família”, complementou. O sacerdote recordou que o fundador da Canção Nova abraçava a todos com um abraço que já deixa saudades.

“Era carismático porque olhava nos olhos. Um olhar do Deus misericordioso que queria alcançar o coração de cada pessoa. Nessa sua vida carismática, o senhor nos ensinou a ser comunidade de amor e adoração”, refletiu.

Diante de tantos ensinamentos do fundador da Canção Nova, o presbítero garantiu que, enquanto estiver vivo, assumirá o compromisso de prosseguir no carisma. “Não vou rasgar o diretório e os princípios de vida do Monsenhor Jonas”.

Viver com coragem

No final de sua homilia, padre Wagner exortou todos a viverem com coragem, “com a chama acesa” para que, um dia, possam encontrar Monsenhor Jonas na “glória de Deus”.

“Ele dizia: ‘Quando eu for, vou ficar na porta do céu esperando cada filho e cada filha’”, salientou. “Por enquanto, ele está dizendo a todos nós: ‘Aguenta firme meu filho, aguenta firme minha filha!”.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo