Legado

Bispos, padres e frei refletem sobre a vida, obra e missão de Monsenhor Jonas

Fundador da Canção Nova foi sepultado nesta quinta-feira, 15, após três dias de um velório aberto ao público

Julia Beck
Da redação, com colaboração de Jéssica Marçal

Foto: Larissa Ferreira

Após a morte e sepultamento do fundador da Comunidade Canção Nova, Monsenhor Jonas Abib, muitas reflexões surgem acerca de seu legado e ensinamentos. Seus feitos ecoam na vida dos fiéis católicos e da Igreja.

O bispo da Diocese de Uruaçu (GO) e fundador da Comunidade Vida Nova, Dom Giovani Carlos afirma que a vida do Monsenhor Jonas exalava conversão. Após a morte, o bispo destaca que o legado do fundador da Canção Nova exala santidade.

Dom Carlos conta que no início da fundação da Comunidade Vida Nova contou com orientações do Monsenhor Jonas. “Ele rezava, me orientava e já esteve em nossa comunidade”, recorda.

Sobre as duas comunidades, o bispo de Uruaçu frisa que apesar de terem carismas diferentes, ambas têm muitas coisas em comum, inclusive, o amor pela Palavra de Deus, pela Eucaristia e o apelo à conversão.

“Monsenhor Jonas deixará saudades, mas acho que o seu exemplo de vida e as suas palavras são as coisas que ele deixará de maior”, disse.

Frutos preciosos

O membro do clero da Diocese de Lorena (SP), padre Valdecy Ferraz ressalta que Monsenhor Jonas é uma figura ímpar. “Nós, padres da Diocese de Lorena, temos uma gratidão imensa por ele”, comenta.

Para o sacerdote o que ficará é o que o fundador da Canção Nova “plantou”. “Seus frutos são muito preciosos para a Igreja”. Padre Valdecy conta que pede a Deus que seu legado seja inspiração para aqueles que continuarão suas obras.

Padre Wendel Ribeiro da Diocese de São José dos Campos (SP) reforça que Padre Jonas tinha um grande amor pela Igreja e pela vida de oração.

Para o presbítero a grande humildade do fundador da Canção Nova é um sinal de santidade. “Ele era um homem profundamente humano”, assegura. Segundo padre Wendel a busca pela santidade nas pequenas coisas, a devoção a Maria e o amor que Monsenhor Jonas tinha pela Igreja são inspirações para o seu sacerdócio.

Testemunho que atravessou fronteiras

O bispo de Mogi das Cruzes e presidente do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Pedro Luiz Stringhini reflete sobre a vida, obra e missão do Monsenhor Jonas:

“Ele nos ensinou que temos que colocar todos os carismas na evangelização (…). A mensagem e testemunho do padre Jonas atravessou fronteiras e agora ele vai interceder por nós”.

Dom Stringhini reforça que o fundador da Canção Nova comunicou a salvação de Jesus e os católicos precisam prosseguir com essa missão.

Um verdadeiro profeta

Frei Sebastião Benito Quaglio, membro da Associação Milícia da Imaculada, frisa que sempre admirou Monsenhor Jonas. “Um homem de Deus”, assinala. O religioso comenta que sentiu muito quando recebeu a notícia do falecimento do fundador da Canção Nova.

“Encontrei ele (Monsenhor Jonas) há uns anos e vi nele um verdadeiro profeta que abriu muitos caminhos”, disse. Para Frei Sebastião, agora o povo está demonstrando o verdadeiro valor do fundador da Canção Nova. “Um santo”, finaliza.

Batismo no Espírito Santo

O membro da Diocese de Campo Limpo (SP), padre Alberto Gambarini relembra a sua experiência com o Monsenhor Jonas. O sacerdote conta que seu primeiro encontro com o fundador da Canção Nova aconteceu em 1974, quando estava se preparando para o vestibular de medicina, em um retiro que estava fazendo.

“Ali Deus colocou no meu coração o desejo de ser sacerdote. Médico de almas e não de corpos”, frisa.

Depois a convivência e a amizade com o Monsenhor Jonas, seja pessoalmente ou nas pregações do cenáculo, é considerada pelo presbítero como uma verdadeira escola.

“Ele permanecerá despertando os corações para um encontro mais forte com Jesus através do Batismo no Espírito Santo. É importante que todos lembrem o que ele falava: é necessário o Batismo no Espírito Santo”.

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