VOCAÇÕES

Vida consagrada: um chamado que não envelhece

Há vidas que se tornam um hino silencioso de amor a Deus. Histórias escritas em palavras, gestos de entrega e fidelidade. A vida consagrada é essa resposta radical de deixar tudo para pertencer inteiramente a Deus. No terceiro episódio da nossa série sobre vocação, vamos conhecer o testemunho de mulheres que encontraram na simplicidade o caminho da eternidade.

Matheus Alves e Ederaldo Paulini

Responder ao chamado de Deus é sempre um mistério. Prestes a completar 90 anos, 65 deles foi de um sim que nunca envelheceu. Uma vida de entrega e renúncia, mas sobretudo plenitude. “Especialmente para mim é a fidelidade de Deus que explica. Ele chama, mas Ele se faz presente, Ele ilumina, Ele acompanha o caminho, Ele dá alegria pro coração”, afirmou irmã Célia Apparecida da Silva, que tem 65 anos de Congregação Salesiana. 

Entre fotografias em preto e branco, repousadas sobre folhas que o tempo derrubou, está a memória de uma vida inteira entregue ao serviço do Evangelho. “Participei do Conselho Estadual de Direitos da Criança e Adolescente. Foi um tempo muito positivo também de luta ferrenha pelos direitos das crianças e adolescentes”, disse ela.

São décadas de compromisso. A vocação nunca envelhece. Guarda memórias, encontros e missões. Traços vivos do amor divino. Sinais visíveis de que uma vida consagrada pode desabrochar em qualquer tempo e estação. “Só tenho que louvar a Deus. E quero que meu nome seja gratidão por tudo que recebi e pelas oportunidades todas, que eu que eu tive”, completou a consagrada.

Na vida somos chamados a um caminho. Alguns encontram na família sua missão, outros do serviço à comunidade. Mas há aqueles que, de maneira especial, são atraídos por Deus para viver inteiramente para ele. A vida consagrada é enxergar na simplicidade do cotidiano a grandeza de uma entrega sem reservas. 

“E ele respeita muito a minha vontade também, mas ele faz o convite e a vocação não é minha, ela é de Deus. E a resposta sim é minha”, comentou irmã Cleonice Aparecida Lourenço, que tem 32 anos de Congregação Salesiana. 

A vocação é real e ressoa no íntimo. Pode até suscitar dúvidas, mas é sempre convite a confiar que a vida ganha sentido quando conduzida por quem criou todas as coisas.

“E se eu consigo fazer essa leitura, escutar, a minha resposta será a resposta que Deus deseja de mim. Porque o desejo de Deus é a vocação acertada”, reforçou a irmã Cleonice. 

Os consagrados são presença de esperança. O chamado de Deus continua ecoando na igreja e no mundo. “Queridos jovens, não tenham medo de responder ao chamado de Deus, porque Deus é amor e o caminho com Deus é um caminho no amor”, conclui irmã Célia.

Escutar esse chamado é permitir que ele escreva a história mais bela da nossa vida

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