Ao longo do mês vocacional, a Igreja nos convida a escutar o coração. Por isso, o Canção Nova Notícias exibe conteúdos que revelam a beleza do chamado à vocação. Nessa reportagem, você vai conhecer o sim de um jovem sacerdote e o testemunho de um bispo que caminha com o povo. Vocações que nascem do amor e florescem no serviço.
Reportagem de Matheus Alves
Imagens de Messias Junqueira, Cesar Vidal e Arquivo TVCN
Produção de Laura Lo Monaco
Há chamadas que não vem com som, vem com fogo, um calor no peito, um desejo que não passa, uma certeza que não se explica. Assim é a vocação. “Desde pequeno eu senti o desejo de ser padre, a vontade de ser sacerdote, mesmo não vindo de uma família, vamos assim dizer, católicos praticantes”, falou o missionário da Comunidade Canção Nova, padre José Dimas.
Padre Dimas começou agora a escrever sua história de altar. Nas mãos o cálice e o pão, e no coração os sonhos de Deus. Um jovem sacerdote que diz sim todos os dias, mesmo sem saber o amanhã. “Minha vocação, ela é uma vocação de muitas lágrimas, de muitas lutas, de muitos desafios, mas os sofrimentos que eu vivi para chegar até o sacerdócio me tornaram mais humano, me tornaram mais alegres, me fizeram mais doce”, completou o padre.
A vocação é um chamado, um ardor inexplicável ao coração. O sacerdócio é um convite de entrega total de vida a Deus. O padre é portador de esperança para o seu rebanho, para o povo de sua paróquia. “Não é merecimento, não é que eu terminei os estudos, recebi um troféu, recebi um diploma, ao contrário, é algo tão grandioso que abarca, que abraça a minha vida”, testemunhou ele.
Há quem caminhe mais tempo com o povo, conheça a rotina de cada paróquia, o silêncio dos bancos da Igreja e não se esconde atrás de formalidades. Nas redes sociais partilha encontros e bênçãos. Longe dela, a vocação mais profunda, a de estar perto. “O bispo deve estar e caminhar à frente do povo para apontar os caminhos. Deve estar no meio do povo para sentir as suas necessidades, as suas dificuldades, os seus desafios, os seus obstáculos e caminhar atrás do povo para incentivar aqueles fiéis que estão assim, um pouquinho mais cansados, desanimados”, afirmou o bispo de Lorena-SP, Dom Wladimir Lopes Dias.
Dom Wladimir lembra: “Santidade também habita o cotidiano. Em dias de distâncias, ele quer proximidade. Um coração que se reconhece na escuta e se realiza no amor dos pequenos gestos dia a dia. “A gente acaba se aproximando do povo não no sentido de que a gente tenha curtidas, mas no sentido de que a pessoa possa experimentar também a mensagem de Deus e a mensagem de Jesus Cristo”, reforçou ele.
No mesmo ocasional, talvez Deus também te chame a estar mais atento, disponível, generoso. Num banco vazio, o silêncio espera. Na barraca de cocada, a vida é de rotina doce. E ser padre, ser bispo, ser igreja, é ver Deus onde muitos já não vêm. É ser esperança na praça, na feira e na vida real.