À medida em que se aproxima o dia 12 de outubro, cresce também o número de romeiros que caminham pela Rodovia Presidente Dutra rumo à terra da Padroeira do Brasil. Nossa equipe acompanhou a tarde de peregrinação de alguns deles. Confira na reportagem de Emerson Tersigni e Ederaldo Paulini.
Histórias, promessas, confiança. Três das muitas palavras que cada devoto de Nossa Senhora carrega no coração. E se tem uma quarta palavra que une os romeiros de todo o país, que tiveram experiência com a Padroeira, é gratidão.
“O simples fato de estar vivo já é o motivo maior, mas tem tudo. Tem a saúde da família, dos filhos, dos netos, dos amigos, tudo isso colocar no colo de Nossa Senhora”, disse o peregrino de Itaquaquecetuba(SP), Edson Rocha Brito.
“A gente pegou uma chuva e de repente ali apareceu um canto pra gente descansar do nada que a gente nem via esse canto, uma sopa quente ali à noite. Então isso é acho que é muito gratificante pra gente”, falou o peregrino de Jacareí(SP), Nicolas Matheus.
Caminhada que transcende a distâncias físicas, ação como fruto da bondade de Deus que permite resiliência e fidelidade neste compromisso. “Saí dia 27/09, e dá 400 km. Só que eu sou peregrino já há 26 anos de Pirapora. Eu puxo cruz. Já puxei uma cruz de 33 m. E agradecimento a tudo. Minha irmã não estava muito boa. Tem uns parentes. Ver se eu acredito em milagre. Quem não acredita não vem aqui. Não é verdade?”, comentou o peregrino de Brotas(SP),Luiz Cláudio Leite.
É muito comum nesta época do ano a presença de romeiros às margens da rodovia Presidente Dutra. Cada passo dado representa um propósito de fé, peregrinação que ultrapassa o conceito de superação.
De Piracicaba, rumo à casa da mãe, Jorge, de 58 anos, veio a Aparecida, carregando uma cruz de 150 kg. “Eu já enfrentei fogo, já enfrentei chuva, já enfrentei frio, enfrentei vento, já enfrentei tudo. A gente dorme na rua, sabe? A gente passa por inúmeras situações, mas a gente sabe que isso está no contexto mesmo, você vai passar, mas o prazer maior é o de estar aqui”, completou o peregrino de Piracicaba(SP), Jorge Luís da Silva.
Peregrinos que caminham na contramão das incertezas, filhos que prosseguem em um único sentido, o do céu, e com os corações sempre repletos de esperança.




