Dia histórico no Vaticano: a canonização de dois jovens – Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis – reúne 80 mil peregrinos na praça São Pedro. Após a celebração e a oração mariana do Angelus, o Papa Leão XIV voltou a pedir o fim das guerras.
Imagens de Vatican Media
Produção de Adilson Sabará
Reportagem de Roger Ferrari
Um pouco antes da celebração, o Papa Leão esteve na Praça São Pedro. O Pontífice cumprimentou os jovens e ressaltou a alegria de viver e de proclamar dois novos santos para a Igreja.
Ao comentar o Evangelho, o Santo Padre destacou que Jesus nos convida a não hesitarmos nas suas propostas e que, à medida do despojamento que vivemos, o Senhor nos cumula da inteligência e da força que vem de seu Espírito.
Leão XIV citou o exemplo de Francisco de Assis e tantos outros jovens santos e santas que disseram sim a Deus e se entregaram totalmente a Ele, sem guardar nada para si mesmos.
e testemunhou que Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis eram apaixonados por Jesus e prontos a dar tudo por Ele.
“Pier Giorgio”, disse o Papa, “encontrou o Senhor por meio da escola e dos grupos eclesiais e testemunhou ali a alegria de viver e ser cristão na oração, na amizade e na caridade.
“Ele não viveu, uma vocação de estado de vida, mas ele viveu plenamente a vocação que todos somos chamados, da santidade. E isso é muito lindo. E ele ajuda a gente a viver a nossa vocação”, contou a devota de Pier Giorgio Frassati, Luciana F. Bertolucci Taniguchi.
O Santo Padre reforçou que ainda hoje a vida de Pier Giorgio representa uma luz para espiritualidade leiga, pois se comprometeu com a sociedade, com a vida política e se dedicou aos amigos e ao serviço dos pobres.
Ao falar de Carlo Acutis, o Pontífice sublinhou que o adolescente encontrou a Cristo na família, na escola e sobretudo nos sacramentos. E cresceu a integrar suas jornadas de criança e adolescente à oração, ao desporto, estudo e caridade, apontou.
“Ele ofertava tudo ao Santo Padre, o Papa e nós fizemos isso. Nós saímos do centro, tiramos tudo aquilo que estávamos planejando e voltamos o nosso olhar para Santa Igreja”, afirmou o devoto de Carlo Acutis, Mauro Henrique Caetano da Silva.
Após a missa e antes da tradicional oração do Ângelus, o Papa agradeceu a todos pela presença e oração. E ao falar dos conflitos do mundo, confiou à intercessão dos santos e da Virgem mãe de Deus a oração incessante pela paz, em especial na Terra Santa e na Ucrânia.
“Ouçam a voz da consciência”, disse o Santo Padre, “aos líderes presentes na praça e reforçou. As aparentes vitórias com as armas semeiam morte e destruição. Deus não quer a guerra. Deus quer a paz e ampara quem se compromete a percorrer o caminho do diálogo”, declarou.