Papa Francisco publicou motu proprio no qual recorda compromisso do Vaticano com a casa comum e dispõe detalhes do projeto que envolve energia solar
Da Redação, com Vatican News
Nesta quarta-feira, 26, o Papa Francisco publicou uma carta apostólica em forma de motu proprio. Intitulado “Irmão Sol”, o documento informa que o Vaticano implementará um sistema agrovoltaico a fim de alcançar sua autonomia energética.
No início do texto, o Pontífice recorda sua carta encíclica Laudato si’, na qual fala sobre o cuidado com a casa comum. Uma das ações para a qual chamou a atenção foi a redução da emissão de poluentes para o clima e o meio ambiente. Agora, o Vaticano inicia um projeto para alcançar esse objetivo.
O Santo Padre também lembra, no motu proprio, a adesão do Vaticano à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. “Eu pretendia contribuir com os esforços de todos os Estados em oferecer, de acordo com suas respectivas responsabilidades e capacidades, uma resposta adequada aos desafios colocados à humanidade e a nossa Casa comum pelas mudanças climáticas”, escreve.
Detalhes do projeto
O sistema agrovoltaico será instalado no Centro Santa Maria de Galeria com o objetivo de garantir “não apenas o fornecimento de energia elétrica para a estação de rádio existente no local, mas também o sustento energético completo do Estado da Cidade do Vaticano”.
O Papa confia o mandato para a execução do projeto aos presidentes do Governatorato e da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (Apsa), dotando-os de “plena capacidade para realizar os atos necessários de administração ordinária e extraordinária”.
O texto especifica ainda que, “para fins de manutenção dos privilégios de extraterritorialidade garantidos nos termos dos artigos. 15 e 16 do Tratado de Latrão”, os comissários extraordinários desginados podem comunicar à Autoridade italiana a disposição na área designada “de estruturas e sedes de entidades pertencentes à Santa Sé e ao Governatorato da Cidade do Vaticano”.
Francisco conclui o documento com a disposição para que “a Secretaria de Estado facilite todos os pedidos dos comissários extraordinários e trabalhe para garantir que naquele território nada se perca do que até agora esteve disponível para a Sé Apostólica”.