Pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização celebrou consagração episcopal e destacou exemplo de São José em sua homilia
Da Redação, com Vatican News

Cardeal Luis Antonio Tagle / Foto: Marco Iacobucci/IPA/Sipa USA via Reuters Connect
O pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, Cardeal Luis Antonio Gokim Tagle, pediu orações pela recuperação do Papa Francisco em uma homilia. O cardeal presidiu a Missa de consagração episcopal do arcebispo titular de Zella, Dom Samuele Sangalli, e do bispo de Laghouat, Dom Diego Ramon Sarrio Cucarella, nesta quarta-feira, 19, na Basílica de São Pedro.
O cardeal citou também a “generosa resposta ao chamado de Deus”, transmitida pelo testemunho do Pontífice. Além disso, recordou São José, cuja solenidade foi celebrada no dia 19 de março, e exortou os presentes a uma fé silenciosa, capaz de gerar “coragem” e “criatividade”, dócil ao projeto divino, mesmo quando parece “incompreensível e incômodo”.
Tagle refletiu sobre as responsabilidades dos bispos, “pastores como mestres de doutrina, sacerdotes do culto sagrado, ministros do governo da Igreja”. Tal tarefa, observou, só pode ser realizada com “a graça de Deus”, amparada por figuras como São José, modelo de discernimento e aceitação do chamado divino. “Sua fé não é um acordo passivo com Deus, mas o impele a agir de acordo com a Sua vontade”, ressaltou.
Servos de Deus
“Somos servos do plano de Deus”, prosseguiu o cardeal. “Muitas vezes, planejamos e esperamos que Ele execute nossos planos. Mas não somos nós os planejadores, e Deus não é o executor de nossas vontades”, acrescentou, convidando os novos bispos a dormir como São José.
“Durmam e sonhem os sonhos de Deus”, explicou. “Acordem para realizá-los com obediência e zelo. Empreguem mais energia pelos sonhos de Deus do que pelos próprios. A fé não o sucesso pessoal, é a força motriz do ministério de um bispo”, expressou o pró-prefeito.
Ele também enfatizou o silêncio do pai adotivo de Jesus. “As suas próprias palavras são pálidas diante da Palavra maior – pode ficar em silêncio”, pontuou. Da mesma forma, o ministério episcopal deve deixar espaço para a Palavra de Deus, edificando em vez de destruir. “Não construamos a nós mesmos e a nossos reinos. Isso cria muito barulho. Proclamemos Jesus e cuidemos do seu Corpo”, aconselhou Tagle.
Por fim, salientou a confiabilidade de São José, “sombra de Deus Pai”, um dever compartilhado por todos os bispos. Não são “substitutos” ou “concorrentes” da divindade, mas sinais autênticos da sua presença.