Grupo com 20 especialistas analisa contribuições enviadas por Igrejas locais para estruturar documento que guiará trabalhos da segunda sessão em outubro

Da Redação, com Vatican News

Um grupo de 20 teólogos está reunido em Roma a fim de preparar o caminho para a redação do Instrumentum laboris da segunda sessão da fase universal do Sínodo sobre a Sinodalidade. Ela será realizada entre os dias 2 e 27 de outubro deste ano, também na capital romana.

Em dezembro, a Secretaria Geral do Sínodo publicou um documento solicitando que as Igrejas locais aprofundassem alguns aspectos do Relatório Síntese da primeira sessão do Sínodo, realizada em outubro do ano passado. Desde então, as Conferências Episcopais têm enviado suas contribuições para a Secretaria.

Sinodalidade já é realidade viva

Agora, os teólogos utilizarão esse material para preparar um novo Instrumentum laboris, que guiará os trabalhos na segunda sessão do Sínodo em outubro deste ano. São especialistas de várias disciplinas (dogmática, eclesiologia, teologia pastoral, direito canônico, entre outras) que se encontram em Roma desde terça-feira, 4.

“Cada documento será lido cuidadosamente com o objetivo de propor um texto no final do processo que reflita o trabalho, as perguntas e as intuições recebidas das bases”, afirmou o secretário-geral da Secretaria Geral do Sínodo, Cardeal Mario Grech. Ele manifestou-se impressionado com o envolvimento das comunidades locais neste processo, indicando que as Igrejas particulares não apenas entendem a sinodalidade, mas já a estão colocando em prática.

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“A Igreja sinodal não é um sonho a ser realizado, mas já é uma realidade viva que gera criatividade e novos modelos relacionais dentro da mesma comunidade local ou entre diferentes Igrejas ou grupos de Igrejas”, declarou o secretário-geral.

Etapa inicial para preparar o caminho

O secretário especial da 16ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, padre Giacomo Costa, explicou que o objetivo desta etapa ainda não é redigir o documento. Segundo o sacerdote, será feita “uma análise inicial dos relatórios e das boas práticas implementadas pelas comunidades locais e um discernimento em comum sobre as questões e as reflexões teológicas, a fim de preparar o caminho para a redação do Instrumentum laboris”.

O trabalho, que está sendo realizado a portas fechadas, começou com um retiro espiritual e continuará até quinta-feira, 13. Os dias serão marcados por diferentes momentos de trabalho (individual, em sessão plenária e em grupos). A celebração diária da Eucaristia e os momentos de oração pessoal garantirão que o trabalho ocorra na atmosfera necessária para o discernimento.

Após esta primeira etapa de estruturação do Instrumentum laboris por meio da articulação do material recebido pelos teólogos, o Conselho Ordinário realizará um discernimento inicial e, em seguida, haverá as etapas de redação do documento propriamente dito.

Um sistema de verificação abrangente acompanhará o processo até a aprovação pelo Conselho Ordinário do documento a ser apresentado ao Papa Francisco para aprovação final. A expectativa é que o texto seja publicado nos primeiros dez dias de julho.

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