Em coletiva de imprensa, secretário oficial para a comunicação do evento explicou como funcionam os círculos menores, além da opção pelo método do silêncio e discernimento
Da redação
No segundo dia da 16ª Assembleia Geral do Sínodo sobre a Sinodalidade, o Vaticano explicou como acontecem os trabalhos dos círculos menores, as funções existentes dentro destes grupos e a escolha pela confidencialidade e o silêncio.
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A coletiva de imprensa, transmitida na manhã desta quinta-feira, 5, foi conduzida pelo secretário oficial para a comunicação deste Sínodo, Paolo Ruffini, e pela secretária para a informação do Sínodo, Sheila Pires.
Primeiramente, foi explicada a opção pelo método do silêncio e da confidencialidade. A fala do Papa Francisco no primeiro dia da 16ª Assembleia Sinodal foi recordada. Na ocasião, o Pontífice sublinhou que a escolha visa “dar prioridade à escuta dos outros e do Espírito Santo, dar uma pausa dos barulhos que estamos cercados e discernir fazendo o jejum da palavra pública”, disse Ruffini.
O secretário para a comunicação do evento esclareceu que o momento, apesar de carregar um silêncio ensurdecedor, será de discernimento comum no silêncio, na escuta, na fé, na comunhão e na oração.
Ruffini afirmou ainda que o Sínodo pode ajudar o mundo em outras questões: como a guerra e a crise climática – citada pela Exortação Apostólica lançada nesta quarta-feira, 4, “Laudate Deum”.
Círculos menores
Nesta manhã, durante a reunião dos círculos menores, foi explicado para cada membro do Sínodo a dinâmica deste grupo. Cada participante faz parte de um grupo linguístico. Dentro dele há um facilitador, um orador especial, um secretário e um relator (eles são escolhidos por votação escrita).
A metodologia adotada durante eles é a seguinte: primeiramente há uma introdução, depois um momento para os grupos de trabalho, uma plenária e outro grupo de trabalho. Os círculos mudam em cada módulo e seus membros sempre se apresentam e votam para eleger os bispos que ocuparão as funções dentro daquele círculo.
Há várias oportunidades de fala dentro dos círculos menores e o facilitador é quem ajuda nesta dinâmica. Cada colocação pode levar no máximo 4 minutos. Os bispos, sacerdotes e leigos devem sempre falar sobre suas realidades e experiências nas dioceses durante o percurso sinodal. Essa partilha, de acordo com Ruffini, é um ponto de apoio para constatar “o que está funcionando” nas igrejas particulares.
Sempre é anotado se as pessoas discordaram ou concordaram sobre o assunto, além de propostas. Deste modo, um relatório com os pontos de convergência e divergência, tensões que emergiram, perguntas abertas, propostas e ideias para passos concretos a serem dados é elaborado em cada círculo. O orador é o responsável por ler este relatório.
Cada participante tem a possibilidade, e não a obrigação, de enviar a própria intervenção nos círculos menores para a Secretaria do Sínodo para o trabalho de síntese.
Os trabalhos são sempre iniciados com um momento de oração. Durante o percurso, o secretário oficial para a comunicação do Sínodo revelou que outros momentos de silêncio e oração serão vividos. Acontecerão também Adorações na Basílica de São Pedro.