Cardeais comentam preparativos para 16ª Assembleia Geral Ordinária e destacam papel do Espírito Santo durante realização das atividades
Da Redação, com Vatican News
Nesta segunda-feira, 16, a Santa Sé realizou uma entrevista coletiva para apresentar alguns detalhes da segunda sessão da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. As atividades em Roma acontecerão entre 2 e 27 de outubro, reunindo membros da Igreja de todo o mundo para abordar o tema da sinodalidade.
O secretário-geral do Sínodo, Cardeal Mario Grech, afirmou que o Sínodo é um tempo de oração, “uma assembleia eclesial que reza”, um tempo de escuta da Palavra de Deus e do Espírito e também uma ocasião para implorar de Deus o perdão pelos pecados da Igreja.
Neste contexto, destacou a vigília penitencial que encerrará o retiro espiritual realizado entre os dias 30 de setembro e 1º de outubro, precedendo o início das atividades do Sínodo. A celebração será presidida pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro.
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No dia 11 de outubro será proposta uma oração ecumênica, assim como no último ano. O momento está previsto para a noite de 11 de outubro, na Praça dos Protomártires, onde, segundo a tradição, ocorreu o martírio de São Pedro. A data pretende recordar a abertura, no mesmo dia de 62 anos atrás, do Concílio Vaticano II.
Também haverá um outro retiro, no dia 21, em vista do discernimento para a redação do esboço do documento final. “Uma alternância de momentos de oração pessoal, de diálogo e de comunhão entre nós, de comunhão fraterna na escuta e no amor recíproco e de comunhão na oração”, definiu o Cardeal Grech.
Metodologia de trabalho
O relator-geral do Sínodo dos Bispos, Cardeal Jean-Claude Hollerich, falou sobre os números desta segunda sessão. A respeito da lista de participantes, especificou que esta “não apresenta grandes mudanças” em relação à da primeira sessão. No total, os membros, ou seja, aqueles que têm direito de voto, “são 368 dos quais 272 investidos pelo múnus episcopal e 96 não são bispos”.
O secretário especial da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, padre Giacomo Costa, frisou que a segunda sessão deverá “indicar os passos a serem dados” em relação aos temas propostos pelo Instrumentum laboris, tendo em conta a “concretude” e a “variedade dos contextos locais” e a “riqueza das experiências sinodais já em curso”.
A Assembleia Sinodal irá trabalhar com base em cinco módulos. “Cada um dos quais prevê uma alternância de sessões na Assembleia Plenária (denominadas Congregações Gerais) e nos Grupos de Trabalho (Circulos Menores)”, explicou o sacerdote. Os primeiros quatro módulos terão cada um “um foco temático específico, constituído uma seção do Instrumentum laboris”.
Ao todo, serão 36 grupos de trabalho divididos em cinco mesas linguísticas. Assim como na sessão de 2023, o trabalho “será estruturado inspirando-se no método da conversação no Espírito”, com um facilitador especialista que ajudará “a conversa do ponto de vista metodológico sem entrar nos conteúdos”. Cada mesa linguística preparará um breve resumo a ser apresentado na próxima Congregação Geral.