14 de julho

São Camilo de Léllis: a vida do jovem italiano que cuidou dos doentes

Igreja celebra São Camilo de Léllis em 14 de julho, padroeiro dos doentes e dos hospitais católicos

Da Redação

A Igreja Católica celebra, nesta quinta-feira, 14, o dia de São Camilo de Léllis. Camilo nasceu, no ano de 1550, na Itália, em berço de família nobre e tradicional. Cresceu e viveu ao lado de sua mãe, que o educou segundo os costumes cristãos católicos. Ela faleceu quando ele tinha apenas 13 anos de idade, e por esta razão ele foi viver com o pai, miliar que tinha uma vida não muito estável por causa da carreira e do vício com os jogos.

O jovem Camilo também seguiu a carreia militar, era um bom soldado e tinha uma boa estatura física e atlética. Tinha 19dezenove anos quando seu pai morreu e deixou-lhe como herança apenas o punhal e a espada.

Ele ingressou no exército veneziano para lutar contra os turcos, mas contraiu uma enfermidade na perna que o acompanhou por toda a sua vida. Mais tarde, ingressou como paciente e funcionário no hospital de San Giacomo em Roma, mas logo foi despedido por seu caráter revoltoso. Assim, retornou à função de soldado.

O vício do jogo de azar o levou a perder todos os seus bens e, na situação de miséria em que se encontrava, conseguiu um trabalho na construção de um convento capuchino na Manfredonia.

História de conversão

Foi neste lugar que sua vida começou a ser transformada. Ao escutar as pregações, pouco a pouco teve seu coração mudado, reconheceu-se como um grande pecador e foi em busca da misericórdia de Deus. Ingressou nos capuchinhos, mas não pôde fazer a profissão de fé por causa da enfermidade de sua perna. Retornou ao hospital de San Giacomo, em Roma, e se dedicou aos cuidados dos doentes, chegando a ser um funcionário superintendente do hospital.

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Assim começou sua vocação de cuidado para com os enfermos. Acompanhado por São Felipe Neri, decidiu receber as ordens sagradas. Entrou para os estudos, foi ordenado sacerdote, e vendo a realidade dos peregrinos de Roma, que não tinham uma assistência médica digna, foi brotando nele o carisma de servir a Cristo na pessoa do doente e do peregrino.

Com dois companheiros iniciou a Congregação dos Ministros dos Enfermos. Vestiu o hábito negro com a cruz vermelha, simbolizando sua ordem que foi aprovada pela Santa Sé Apostólica em 1591, elevada à categoria de ordem religiosa para cuidar dos enfermos.

Precursor da Cruz Vermelha

Começaram cuidando dos pacientes do Hospital do Espírito Santo, com uma dedicação de quem via neles o próprio Cristo. Com o tempo, a missão da congregação foi ampliada para atender os prisioneiros doentes e os soldados feridos de guerra. Foi assim que, 250 anos antes do nascimento da Cruz Vermelha Internacional, a “cruz vermelha” estampada nos hábitos dos filhos de São Camilo já brilhava nos campos de batalha como sinal de fraternidade.

Muitos religiosos morreram em missão e também pela peste, mas são Camilo e seus irmãos continuaram heroicamente. Tempo depois, são Gregório XIV confirmou a congregação de São Camilo como ordem religiosa.

O santo dos enfermos sempre padeceu por sua perna, que além de tê-la fraturado, havia duas chagas dolorosas na planta do pé. Antes de morrer, sofria de náuseas e quase não podia comer, mas mesmo assim se mantinha preocupado pelos necessitados.

Faleceu em 14 de julho de 1614, aos 64 anos. Leão XIII o proclamou padroeiro dos enfermos junto com São João de Deus. Pio XI o declarou padroeiro dos doentes e dos hospitais católicos.
No dia 29 de junho de 1746, durante a festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, o Papa Bento XIV declarou santo o nome de Camilo de Léllis.

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