A Irmã Ângela Coelho, vice-postuladora da Causa de Canonização da Irmã Lúcia, apresentará a conferência “Lúcia, uma vida plena de Luz”. Segue-se um recital de órgão pelo organista do Santuário de Fátima António Mota
Da Redação, com Santuário de Fátima
“Lúcia, uma vida plena de Luz” é o título da conferência que será proferida por Irmã Ângela Coelho, vice-postuladora da Causa de Canonização da irmã Lúcia de Jesus, no próximo dia 26 de julho, às 15h30. A palestra será realizada no III Encontro na Basílica deste ano pastoral do Santuário de Fátima, com o tema. “Dar Graças por viver em Deus”.
Lúcia, a pequena pastora de Aljustrel, “em 13 de junho de 1917, foi convidada pela Senhora mais brilhante que o Sol, a assumir a missão que o Senhor lhe confiava”, explica a religiosa no resumo que apresenta da sua comunicação, que irá abordar o “aparente paradoxo” que ao longo da sua vida Lúcia vai desenvolver: “ser profeta da mensagem que o Céu lhe entregava e maturando no silêncio a palavra com que dirá o Coração Imaculado de Maria”.
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Depois de ter sido reagendada, passando de junho para julho, na sequência da pandemia provocada pela Covid-19, esta conferência insere-se no âmbito de uma proposta que o Santuário começou a desenvolver no quadro das comemorações do centenário das Aparições.
Num total de cinco palestras por ano, estes encontros têm o objetivo de apresentar Fátima como um lugar que convida ao chamamento a uma vida em Deus, abordando temáticas como a vocação batismal à santidade, a conversão como recentramento da vida em Deus e as dimensões de uma espiritualidade cristã à luz da mensagem de Fátima, numa edição em que no ano em que se assinala o centenário da morte de Santa Jacinta Marto, se aprofundará também o seu modelo de santidade e o do seu irmão, São Francisco Marto.
Estão agendados ainda mais dois encontros: a 6 de setembro, com o tema “Fátima: histórias de santidade”, por Marco Daniel Duarte e recital de Pedro Gomes, e a 8 de novembro, Joaquim Teixeira falará sobre “Fátima, escola de santidade”, seguindo-se um recital do coro Ad Libitum.
Durante a conferência todos os participantes deverão respeitar as regras de segurança e higiene para este tipo de eventos, seguindo as indicações dos acolhedores do Santuário de Fátima. O encontro poderá ser seguido, ao vivo, no site do Santuário de Fátima.
Processo de canonização
Lúcia Rosa dos Santos, a Irmã Maria Lúcia de Jesus do Coração Imaculado, faleceu no dia 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos de idade, depois de várias décadas vividas em clausura no Carmelo de Coimbra. O processo de canonização teve início em 2008, apenas três anos após a sua morte.
A vice-postuladora da causa de canonização, Irmã Ângela Coelho, destaca que o processo percorre um caminho longo, o que exige paciência e rigor. Atualmente, está na redação do relatório sobre a vivência heroica das virtudes da fé. “Avança sempre mais devagar do que aquilo que nós gostaríamos e do que os devotos da Irmã Lúcia querem, mas é uma fase que precisa ser pensada, rezada, amadurecida”, observa.
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Dois teólogos colaboraram no processo de tradução dos documentos para o italiano, conta Irmã Ângela Coelho, que destaca que acredita que processo não será encerrado neste ano de 2020. “É um processo que vai ser longo”, aponta. O reconhecimento das “virtudes heroicas” é um passo central no processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade. Para a beatificação, exige-se o reconhecimento de um milagre atribuído à intercessão do venerável.
Por fim, a religiosa pede paciência aos fiéis e que sustentem este trabalho com “a oração”.