Santidade matrimonial consiste em viver o simples de forma extraordinária

Luigi e Maria viveram, à luz do Evangelho e com grande intensidade humana, o amor conjugal e o serviço à vida

Nathália Cassiano

Da Redação 

Maria e Luigi Beltrame Quattrocchi. / Foto: Reprodução EWTN Vatican

No Encontro Mundial das Famílias, em Roma, várias questões relacionadas à família seguem em destaque na programação. Neste sábado, 25, aconteceu uma palestra com o tema: Família, caminho de santidade. Francesco Beltrame Quattrocchi, Andrea Bicchiega e Patrizia Marchegiani foram os mediadores da palestra.

O foco da palestra foi o testemunho da santidade de vida do primeiro casal a ser beatificado na História da Igreja, Luigi e Maria Quattrocchi, souberam acolher as graças extraordinárias da vida matrimonial e gerar frutos para a Igreja e para a humanidade.

O professor de Bioengenharia na Universidade de Gênova, neto dos patronos, iniciou o discurso dizendo da beatificação do casal. Foram beatificados pelo Papa João Paulo II, em 21 de outubro de 2001, na Basílica de São Pedro.

“Eram pessoas que viviam absolutamente normais, constituíram uma família normal, ou seja, uma família de coerência, que, no dia a dia, em contato com a Palavra de Deus, ensina seus filhos a viverem deste mesmo modo”, afirmou.

Viver é enfrentar 

A célula familiar do casal era bem estruturada. Sobretudo, ensinava seus filhos “o que é a vida”. A vida cercada de alegrias, mas também de sofrimentos e, portanto, a melhor maneira de atravessar os desafios é suportando as dores até o fim. 

Ensinava seus filhos a importância do diálogo, do enfrentamento daquilo que se vive e sente no dia a dia. Para eles, a fidelidade ao Evangelho e a heroicidade das virtudes foram relevadas a partir da sua existência como cônjuges e como pais.

Maria estava sempre atenta, observava o ambiente ao seu redor, disposta a ajudar quem batia à sua porta. “Maria conseguia realizar ações ordinárias de modo extraordinário”, afirmou o neto.

Vida de simplicidade 

Dos quatro filhos que tiveram, dois filhos sentiram-se chamados ao sacerdócio. Filippo, hoje padre Tarcísio, é padre diocesano de Roma, e Cesare tornou-se monge trapista e devem ser sempre simples padres. 

Foram escolhas livres, baseadas na realidade de santidade que viviam. A mãe, antes de partir, deixou para os filhos um ensinamento: “Meus filhos, vocês ficaram nesta terra para se santificar e não para julgar os outros”.

Experiência com o casal Quattrocchi

Patrizia e Andrea, casados desde 2011, conhecidos da última filha do casal. Um certo dia, fomos viajar e surgiu a oportunidade de  visitar o apartamento do casal Quattrocchi.

“Quando pisamos naquela casa, não tive dúvidas de que casamento é um caminho para a santidade”, afirmou.

Ela relata que parecia que era algo muito difícil de viver, mas ao adentrar nos fatos da vida do casal, foi entendido aquilo que São João Paulo II falava: “Uma família normal, fazendo coisas normais, mas vivendo no extraordinário que é Deus”.

Por fim, disse que, a partir dali, entenderam como era possível se santificar através do matrimônio. Sendo simples, mas vivendo coisas extraordinárias.

 

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