A Conferência afirma que após uma análise aprofundada da realidade do país, se une ao povo boliviano no clamor de justiça, transparência e democracia
Da Redação, com Agência Fides
A Conferência dos Religiosos Bolivianos (CRB), publicou uma nota sobre a situação política no país, pedindo a unidade do povo e resoluções concretas das autoridades governamentais. O comunicado, publicado nesta quarta-feira, 30, pede aos bolivianos a unidade e convida a comunidade católica a organizar momentos públicos de oração para envolver a população. Os religiosos fazem um apelo para o fim da violência e pedem as autoridades uma solução clara e sincera dos problemas urgentes do país
No comunicado, a Conferência afirma que após uma análise aprofundada da realidade do país, após as eleições, acompanha o clamor de justiça, transparência, democracia , verdade e liberdade e se une ao povo boliviano.
“Queremos lembrar às nossas autoridades governamentais nacionais que eles são representantes de uma nação inteira, daqueles que vivem nas cidades e daqueles que vivem nas áreas rurais ou no campo, não queremos mais ódio ou divisão entre irmãos. Estamos juntos com todo o povo boliviano e seus pedidos de paz, unidade, democracia, liberdade, transparência, justiça, justiça e verdade”, destaca a nota.
Por fim, a CRB convida “as forças armadas e a polícia nacional a se unirem ao povo boliviano e não agirem contra ele. “Pedimos ao governo nacional que respeite o voto popular e a democracia, expressos nas últimas eleições nacionais e não fraude eleitoral”.
Segundo a Agência Fides, a A Igreja Católica no país já havia afirmado que uma nova candidatura de Morales à presidência a partir de 2019 causaria não a união, mas uma fratura. “Já existe divisão, já existe uma fenda em nosso país, mas essa escolha provavelmente causaria uma ampliação dessa fratura ”, afirmou o Secretário-Geral da Conferência Episcopal da Bolívia, Dom Aurelio Pesoa Ribera, OFM.
Leia também:
.: Bispos da Bolívia abrem linha direta para denunciar casos de abusos
A Bolívia enfrenta momento de tensão entre grupos de oposição e o governo devido à falta de transparência nas eleições. Nos últimos três dias, houve manifestações e confrontos entre os partidários do presidente Evo Morales e aqueles que contestam os resultados das eleições de 20 de outubro.