Celebração aconteceu neste domingo, 20, no contexto da tradicional peregrinação anual ao Santuário Nacional de Nossa Senhora do Carmo, em Berdychiv
Da Redação, com Arquidiocese de Brasília
Cardeal Paulo Cezar Costa presidiu Missa em Berdychiv (Ucrânia) neste domingo, 20 / Foto: Reprodução Arquidiocese de Brasília
O arcebispo de Brasília (DF), Cardeal Paulo Cezar Costa, presidiu a Missa no Santuário Nacional de Nossa Senhora do Carmo, na cidade de Berdychiv (Ucrânia) neste domingo, 20. A celebração aconteceu no contexto da tradicional peregrinação anual ao santuário, considerada uma das mais significativas do país.
A presença do cardeal se deu após um convite formal da Conferência Episcopal Ucraniana. O principal objetivo da viagem foi justamente a presidência da celebração eucarística deste domingo, manifestando proximidade, solidariedade e fé ao povo ucraniano em meio às dores provocadas pela guerra.
Em sua homilia, Dom Paulo Cezar transmitiu ao povo ucraniano uma mensagem de proximidade e oração enviada pelo Papa Leão XIV: “ele reza por vocês. Ele sempre relembra os vossos sofrimentos com essa guerra desumana, injusta e cruel, que só traz dor e sofrimento. Assim é a guerra. O ser humano foi criado para a liberdade, não para a opressão”.
O cardeal também expressou sua solidariedade pessoal e dos fiéis do Brasil. “Estou no meio de vós como peregrino deste santuário. Venho do Brasil, um país católico, que tem uma Igreja viva e muito participativa. Vim manifestar minha proximidade para convosco nesses tempos difíceis. Vim dizer que estamos com vocês”, manifestou.
Peregrinos de esperança
Em seguida, Dom Paulo refletiu sobre a figura do peregrino. “Peregrinamos até este santuário mariano para nos encontrarmos com a Mãe de Jesus e nossa Mãe. A imagem do peregrino relembra para nós caminho, que a vida cristã é uma peregrinação, e que neste caminhar precisamos de momentos fortes para nutrir e robustecer a esperança, insubstituível companheira que permite vislumbrar a meta: o encontro com o Senhor”, afirmou.
Neste contexto, o cardeal frisou que a esperança cristã se fundamenta em Jesus Ressuscitado, que caminha com a Igreja. “É ele o grande sentido da nossa esperança”, enfatizou, “só ele pode alimentar a nossa esperança, mesmo quando as condições são desfavoráveis. Foi assim em tantos momentos da história. Talvez seja esta a vossa situação agora, mas a presença do seu Espírito em nós nos faz homens de esperança. Quem tem fé, tem esperança”.
Viagem à Ucrânia
O arcebispo de Brasília chegou à Ucrânia na quarta-feira, 16, sendo acolhido pelo bispo auxiliar de Lviv, Dom Edward Kawa, e pelo Chanceler da diocese local. Logo após a celebração da Solenidade de Nossa Senhora do Carmo, Dom Paulo Cezar dirigiu uma saudação ao povo brasileiro do terraço da Cúria Diocesana de Lviv e pediu orações por esta missão e pelo povo ucraniano.
Na quinta-feira, 17, o cardeal foi recebido pelo arcebispo de Lviv dos latinos, Dom Mieczysław Mokrzycki. Após a Missa e uma breve recepção na residência episcopal, ele visitou o cemitério da cidade, onde rezou pelos soldados mortos em decorrência da guerra.
Já na sexta-feira, 18, o arcebispo de Brasília cumpriu uma série de compromissos oficiais com autoridades civis e eclesiásticas. Ele celebrou a Missa na Catedral da Arquidiocese de Kiev dos Latinos; participou de um encontro com os membros do Conselho Ucraniano de Igrejas e Organizações Religiosas; teve um encontro com o Núncio Apostólico na Ucrânia, Dom Visvaldas Kulbokas, e o embaixador do Brasil na Ucrânia, Rafael Vidal; e visitou os soldados feridos na guerra no Centro Médico Principal do Ministério do Interior da Ucrânia, entre outras atividades.
No sábado, 19, Dom Paulo Cezar visitou Kiev pela manhã. Após o almoço, seguiu para Berdychiv. Às 18h do horário local, participou da Missa no Santuário Nacional de Nossa Senhora do Carmo, presidida por Dom Vitaliy Skomorovskyy.
A viagem se estende até quinta-feira, 24, e conta com a presença do chefe do Gabinete Episcopal de Brasília, padre Luiz Octávio de Aguiar Faria. Ela foi organizada em entendimento com o bispo auxiliar de Kiev, Dom Oleksandr Yazlovetskiy, e foi previamente comunicada ao Papa Leão XIV, à Secretaria de Estado da Santa Sé, às Nunciaturas Apostólicas no Brasil e na Ucrânia, ao Ministério das Relações Exteriores e às Embaixadas do Brasil na Ucrânia e na Polônia.
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