Ao longo do mês de agosto, a Igreja dedica cada domingo a um estado de vida
Thiago Coutinho
Da redação
Tradicionalmente, a Igreja Católica celebra em agosto do Mês das Vocações. A cada domingo do mês, uma vocação é celebrada.
No primeiro domingo celebram-se as vocações sacerdotais e diaconais. No segundo, em consonância ao dia dos pais, a Igreja lembra a importância da vocação matrimonial. Já no terceiro, é recordada a vida consagrada. Por fim, no quarto domingo, é comemorada a vocação dos leigos, e há o Dia do Catequista.
“O mês vocacional é tempo de celebração das vocações que existem na Igreja (os ministros ordenados, os religiosos e religiosas, as famílias, catequistas e lideranças leigas, entre outras)”, explica o padre Rafael Beck, ordenado em maio deste ano, e atual vigário na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Silveiras (SP).
É uma época muito produtiva para aqueles que querem descobrir e colocar em prática sua missão no mundo. “Ninguém veio ao mundo ‘por acaso’: assim como o Filho veio ao mundo para fazer a vontade do Pai (Jo 6,38), nós também somos chamados a descobrir nossa própria vocação. A vocação universal, à qual todo ser humano é chamado, é a vocação ao amor, à caridade”, acrescenta o sacerdote.
O chamado vem de Deus
Este chamado pode vir de várias formas. O coração do vocacionado é que sentirá esta diferença. Charles Jader, seminarista da Comunidade Canção Nova, se prepara para a ordenação diaconal, que acontecerá no próximo dia 18 de agosto. O candidato às ordens sacras sentiu seu chamado à vocação quando assistia a um programa televisivo do padre Marcelo Rossi:
“Eu era um jovem que vivia uma realidade distante de Deus, avessa àquilo que é uma vida de um jovem cristão católico. Certa vez, minha mãe ouvindo o programa ‘Momentos de Fé’, do padre Marcelo Rossi, fui chamado por Deus, por meio daquele programa, à vocação do sacerdócio”, explicou o futuro padre.
Realização na Missão
Para o padre Rafael Beck, três meses após sua ordenação, o mais importante é viver a experiência deste chamado do Pai. “Em especial, é uma oportunidade para renovar os compromissos assumidos na Ordenação presbiteral, vivendo com seriedade minha missão, tendo sempre diante de mim aquela lucidez do Papa Bento XVI: de que somos sempre instrumentos insuficientes, falhos, mas que o Senhor também sabe servir-se destes meios para santificar o seu Povo”, pondera.
Aos jovens que sentem este chamado, a dica do vigário de Silveiras é de que se faça um discernimento e se atente a dois pontos: “Sou feliz servindo ao Senhor? Isto realmente alegra meu coração? E outro: faço meus irmãos felizes? Faço bem à Igreja e às pessoas com o meu jeito de ser e de me comportar?”, finda o padre.