Gertraud von Bullion foi a primeira mulher a ingressar em Schoenstatt, no dia 20 de agosto de 1920, mostrando-se uma mulher “à frente de seu tempo”
Da Redação, com Movimento Apostólico de Schoenstatt
Em 20 de agosto de 1920, portanto, há 100 anos, as primeiras mulheres ingressaram no Movimento Apostólico de Schoenstatt como protagonistas, para desenvolver um caminho feminino de santidade com o fundador, padre José Kentenich, na fundação de sete comunidades, entre elas dois Institutos Seculares, para mulheres em todas as idades e estilos de vida.
Gertraud von Bullion foi a primeira mulher a ingressar em Schoenstatt, no dia 20 de agosto de 1920, mostrando-se uma mulher forte, valente e cheia de vida, por assim dizer “à frente de seu tempo”. Era uma condessa que colocava no trabalho de enfermeira toda a humildade do seu ser, tendo a frase “Quero Servir!” como um lema de vida.
“Nesses 100 anos de vivência de Aliança de Amor, vemos que em nosso meio também existem mulheres fortes e determinadas, como Gertraud Von Bullion. São mulheres que adquiriram uma coragem e um amor incontestável à MTA e que se inspiram em Gertraud no ser e agir”, destaca Marciele Aparecida Paidosz, participante do Movimento.
Como ressalta Marciele, são enfermeiras, professoras, jornalistas, advogadas, administradoras, cozinheiras, secretárias, atletas, adoradoras, musicistas entre muitas outras profissões “que as fazem atuar, serem líderes em seus grupos, em seus trabalhos e portadoras de Cristo no mundo, como Tabernáculos Vivos”.
“Assim, são mulheres de coração jovem, de bem com a vida, profissionais inseridas e atuantes na sociedade, chamadas a ser Maria onde estiverem!”, conta.
Segundo o Fundador, Padre Kentenich é necessário “possuir uma consciência da identidade feminina, isto é, uma extraordinária consciência da dignidade e da missão da mulher, pois o mundo precisa de mulheres verdadeiras e autênticas, que saibam testemunhar a fé, de jovens que vivam com dignidade que irradiem pureza e alegria”.
Pe. Kentenich empenhou-se pela educação de mulheres de personalidades livres que, como Maria, são empreendedoras na Igreja e na sociedade, tendo em vista a transformação da cultura. A meta das mulheres schoenstattianas é tornar Maria presente no hoje da história, pois só ela é capaz de fazer do nada um lar, com um mar de ternura.
Desde que inicia seu pontificado, o Papa Francisco tem chamado a atenção para o valor da mulher na Igreja e sua missão. Ele ressalta, no parágrafo 12 do Documento Gaudete et Exsultate, que há “estilos femininos de santidade, indispensáveis para refletir a santidade de Deus neste mundo
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O Papa diz ainda que “todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra.”. Em cem anos, pela Aliança de Amor, Schoenstatt ofereceu grandes mulheres “santas” para a Igreja: por exemplo, Ir. M. Emilie Engel, reconhecida como venerável, à espera do milagre para ser beata; Gertraud von Bulion, que tem seu processo de beatificação em análise pelo Vaticano e tantas outras “pequenas Marias do cotidiano”.
Movimento Apostólico de Schoenstatt
O Movimento Apostólico de Schoenstatt pertence à Igreja Católica Apostólica Romana e faz parte da Obra Internacional fundada em 18 de outubro de 1914, pelo Pe. José Kentenich, em Schoenstatt, na Alemanha. Schoenstatt – cuja palavra significa belo lugar – é o bairro da cidade de Vallendar, às margens do Rio Reno, onde estava localizado o seminário dos padres Palotinos.
O ato da Fundação da Obra Internacional de Schoenstatt é a Aliança de Amor com Maria, firmada pelo Pe. José Kentenich, juntamente com um grupo de seminaristas palotinos. Por meio desse ato, a Mãe de Deus é convidada a estabelecer-se na capelinha existente junto ao Seminário Palotino de Schoenstatt e fazer dela um Santuário de graças, de onde partisse um movimento de renovação religioso e moral para o mundo.
Para isso, os contraentes da Aliança se comprometiam a oferecer à Maria, como dádiva de amor, o empenho de todas as forças em sua autoeducação. A Aliança foi aceita, Deus abençoou o Movimento com um crescimento rápido e ele está presente nos cinco continentes, com mais de 200 centros de espiritualidade e de missão.