Em sua mensagem de Natal, Patriarcas de Jerusalém reconhecem que cessar-fogo permitiu celebrações com mais liberdade, mas denunciam que violência continua
Da Redação, com Vatican News

Jerusalém / Foto: Pixabay
Em um Oriente Médio ainda marcado por conflitos e instabilidade, os patriarcas e líderes das Igrejas de Jerusalém divulgaram sua tradicional mensagem de Natal. Nela, reiteraram que a paz não pode se reduzir a uma simples suspensão das hostilidades, mas deve ser acompanhada de justiça, reconciliação e respeito aos direitos fundamentais.
Abrindo o texto com uma referência à Carta aos Hebreus – “Cercados por uma tão grande nuvem de testemunhas, corremos com perseverança a corrida que temos diante de nós, mantendo os olhos fixos em Jesus” (Hb 12,1) –, os líderes cristãos convidam os fiéis a permanecerem firmes na esperança, mesmo nos momentos de maior sofrimento.
A mensagem tem como centro o significado da Encarnação de Cristo em Belém, apresentada como sinal de uma esperança que nasce no coração da fragilidade humana. Tal como para os pastores na noite de Natal, também hoje a mensagem evangélica convida a não ceder ao medo e ao desânimo.
Embora acolham com satisfação o cessar-fogo que permitiu a muitas comunidades celebrar mais livremente as festas, os Patriarcas alertam para o risco de uma “paz aparente”. Segundo a mensagem, apesar da trégua, continuam, de fato, as violências, as vítimas e as violações das liberdades na Terra Santa e nos países vizinhos.
Perseverar na oração
Por fim, os líderes das Igrejas reiteram sua solidariedade a todas as pessoas afetadas pelo conflito e fazem um apelo aos cristãos e a todas as pessoas de boa vontade para que perseverem na oração e no compromisso por uma paz autêntica e duradoura.
A mensagem termina com votos de Feliz Natal às comunidades locais e aos cristãos de todo o mundo, na esperança de que o nascimento de Jesus em Belém possa renovar o desejo de reconciliação e justiça.




