Na declaração conjunta dos Patriarcas de Jerusalém, citada e assumida pelo Papa, a Igreja expressa preocupação com as consequências da ação militar israelense e as “ordens de retirada da população” da Faixa de Gaza. Padre Romanelli, da Igreja Sagrada Família, afirma que ele e outros religiosos escolheram ficar no enclave e servir os necessitados, idosos e doentes, e expressa a esperança pelo fim do conflito.
Reportagem de Adilson Sabará
Imagens da Reuters e Vatican News
A decisão do governo israelense de assumir o controle total da cidade de Gaza preocupou os patriarcas de Jerusalém, Teófilo III e Pier Batista Pizzaballa. Juntos afirmaram que os religiosos que atuam no enclave palestino permanecerão para cuidar daqueles que buscaram abrigo nos dois complexos.
De acordo com os patriarcas, o sofrimento deste tempo deixou a muitos enfraquecidos e desnutridos. E para eles, tentar fugir para o sul seria o equivalente a uma sentença de morte.
O comunicado afirma que a ordem de retirada da população e dos bombardeios acrescentam mais destruição e mortes e demonstram que a operação não é apenas uma ameaça, mas uma realidade que atinge a todos em Gaza.
Padre Gabriel Romanelli está à frente da única Igreja Católica na região. O religioso afirma que ele e outros missionários estão na faixa palestina para servir a Jesus Cristo na Eucaristia e na pessoa dos pobres e dos doentes e daqueles que sofrem. “Entendemos que o Senhor nos chama a continuar a servi-los”, disse o religioso. A situação na cidade de Gaza se agravou. As operações militares continuam intensas. Os bombardeios aumentaram em várias partes da cidade, relata Romanelli. Unido aos patriarcas, padre Romanelli mais uma vez pediu o fim do conflito. “Com grande simplicidade e humildade continuaremos”, disse ele, afirmando não ser fácil e que todos estão nas mãos de Deus e confiam que com a ajuda de tantas pessoas boas ao redor do mundo, tudo isso um dia acabará”.