Felicitações do Papa

“Paróquia do Papa” no Vaticano celebra 90 anos de criação

Papa Francisco enviou felicitações ao pároco da Paróquia de Santa Ana, no Vaticano, padre Bruno Silvestrini, por ocasião do aniversário de criação do local

Da redação, com Vatican News

/Foto: Imagem interna da Paróquia Santa Ana, no Vaticano/ Foto: Reprodução Vatican News

A Paróquia Santa Ana, no Vaticano, completa 90 anos nesta quinta-feira, 30. Diante do aniversário de criação da paróquia, o Papa Francisco enviou seus votos e felicitações ao pároco, padre Bruno Silvestrini, e também aos religiosos agostinianos que cuidam da paróquia. O Santo Padre invocou aos colaboradores e a toda comunidade paroquial sua Bênção Apostólica.

O local é conhecido por todos como a “paróquia do Papa”, pois é a única dentro da Cidade do Estado do Vaticano com diversas atividades pastorais. A Paróquia Santa Ana foi criada por Pio XI. Em 11 de fevereiro de 1929, os Pactos Lateranenses sancionaram o nascimento do Estado da Cidade do Vaticano e, em 30 de maio, o Papa Ratti também quis uma paróquia no território delimitado pelas Muralhas Leoninas, decidindo então que deveria ser a Igreja dos Palafreneiros, construída no século XVI. O cuidado pastoral foi confiado aos religiosos agostinianos e em 7 de agosto do mesmo ano foi nomeado o primeiro pároco, Agostino Ruelli.

Se por um lado a Paróquia Santa Ana completa 90 anos, sua história, por outro lado, tem início em 1565, ano em que o arquiteto Giacomo Barozzi, conhecido como “il Vignola”, iniciou o projeto em forma ovalada e em estilo renascentista. Inaugurada em 1583, a igreja foi a sede da Confraria dos Palafreneiros pontifícios. Responsáveis pelos estábulos papais, também tinham a dignidade de notários, condes palatinos e nobres. Suprimidos os estábulos, em 1929 os Palafreneiros foram deslocados para o colégio dos liteireiros pontifícios.

Uma paróquia universal

A Paróquia Santa Ana é uma igreja aberta à universalidade. Situada logo na entrada de um dos portões do pequeno Estado – a Porta Santa Ana – e sendo o único lugar de oração dentro das paredes do Vaticano, onde o acesso é possível sem permissão, para lá dirigem-se para rezar peregrinos de várias nacionalidades, além dos milhares de turistas que entram apenas para admirá-la. Do exterior chegam muitos pedidos para celebrações de casamentos e batismos.

“A beleza desta paróquia é que ela reúne o mundo inteiro é aberta a todos, não há fronteira entre o Estado italiano e o Estado do Vaticano e todas as pessoas têm o direito de pedir assistência espiritual, diálogo, apoio. Para aqueles que passam por dificuldades sempre encontram aqui uma palavra de conforto”, explica o pároco, padre Bruno Silvestrini.

As portas da igreja são abertas todos os dias ao amanhecer para as celebrações litúrgicas e para os funcionários do Vaticano que querem começar o dia com a oração, antes de irem ao trabalho. Para aqueles que pedem o Sacramento da Reconciliação, há também uma capela destinada a este fim, que busca ser um lugar mais recolhido para a conversa com o sacerdote.

Os Papas e a Paróquia de Santa Ana

Pela Paróquia Santa Ana no Vaticano, passaram Pio XI – que quis estar presente na inauguração do órgão em 7 de fevereiro de 1931; João XXIII, que a visitou em 20 de janeiro de 1961; Paulo VI, que em 29 de maio de 1970, às 8 da manhã, quis comemorar o 50º aniversário de seu sacerdócio; João Paulo II, que a chamou de “minha paróquia” na homilia de 10 de dezembro de 1978; Bento XVI, que presidiu uma celebração em 5 de fevereiro de 2006, e Francisco, que a escolheu para sua primeira Missa pública, em 17 de março de 2013.

Precisamente para responder aos apelos do Papa Francisco, nasceram diversos grupos de oração e a paróquia se encarregou de pagar o aluguel e o uso dos apartamentos colocados à disposição pelo Esmoler Apostólico, o cardeal Konrad Krajewski, onde foram alojadas famílias de refugiados. “Também já celebramos um batismo com o rito caldeu, de uma menina nascida em uma dessas famílias”, conta padre Bruno.

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