Santo do dia

Papa Francisco recorda virtudes de Padre Pio: "humildade e obediência"

Em 23 de setembro, a Igreja celebra a memória litúrgica de Padre Pio e, neste ano, os 20 anos de canonização do frade capuchinho

Da Redação

Nesta sexta-feira, 23, dia da memória litúrgica de São Pio de Pietrelcina, o Papa Francisco recordou, em sua conta no twitter, a vida do frade capuchinho que recebeu os estigmas de Cristo em seu corpo.

“A caridade, animada pela fé, tem o poder de desarmar a força do mal”. De fato, a caridade era uma das virtudes do sacerdote, que tinha como uma de suas metas crescer e fazer crescer na caridade. Ele expressou esta virtude acolhendo, por mais de 50 anos, muitas pessoas que o procuravam para receber um conselho, conforto ou para a confissão.

Padre Pio se doou a todos e, sobretudo nos pobres, sofredores e doentes, viu a imagem de Cristo. No campo da caridade social, trabalhou para aliviar a dor e a miséria de muitas famílias, principalmente com a fundação da “Casa Alívio do Sofrimento”, inaugurada em 5 de maio de 1956.

Luta contra o mal

Francisco destacou ainda a luta que o sacerdote travou por anos, bem como as armas e virtudes que utilizou. “São #PiodePietrelcina lutou contra o mal toda a sua vida, com humildade, com obediência, com a cruz, oferecendo dor por amor”. A luta contra o mal, a que o Papa se referiu, não era apenas espiritual, mas havia também momentos de lutas físicas contra o demônio. Frades que conviviam com ele escutavam os barulhos da luta vindos da cela e, na manhã seguinte, viam o Padre Pio com sinais de espancamento.

Via da humildade

O frade experimentou, por muitos anos, sofrimentos da alma e as dores de suas feridas, enfrentando com serenidade. Quando foi submetido a investigações e restrições em seu serviço sacerdotal, aceitou tudo com humildade e resignação. E diante de acusações e calúnias injustificadas, optou pelo silencio, confiando-se aos julgamento de Deus, de seus superiores diretos e de sua própria consciência.

Vida mística

Padre Pio de Pietrelcina recebeu os estigmas de Cristo no dia 20 de setembro de 1918, no coro da Igreja, enquanto rezava a Liturgia das Horas. Além deste que foi o acontecimento místico mais marcante na vida do santo, Padre Pio também tinha outros dons, como o dom da bilocação (foi visto ao mesmo tempo em lugares diferentes), o dom da profecia (predisse muitas coisas que aconteceram), o dom do discernimento dos espíritos (conhecia os pensamentos das pessoas), o dom de curas e milagres e o o dom das conversões, com inúmeros casos de mudança de vida de pessoas que o conheceram.

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Um santo muito querido

Com a saúde cada vez mais frágil, Padre Pio faleceu os 81 anos, após receber os sacramentos e celebrar sua última missa, no dia 23 de setembro de 1968. O enterro em San Giovanni Rotondo foi acompanhado por um grande multidão. Mas a devoção ao Capuchinho começou antes mesmo de sua morte e, com o tempo, ultrapassou os lugares onde viveu e trabalhou e alcançou os quatro cantos do mundo. Hoje é um santo muito querido e um dos mais populares da Igreja Católica.

20 anos de canonização

Padre Pio foi oficialmente declarado santo pela Igreja em 16 de junho de 2002. A cerimônia de canonização foi presidida pelo Papa João Paulo II – contemporâneo do santo italiano com quem trocou cartas – e foi acompanhada por mais de 300 mil pessoas na Praça de São Pedro, no Vaticano.

A notificação da canonização de São Pio de Pietrelcina apresenta a motivação de sua canonização:  “A Igreja, ao inscrever o Beato Pio de Pietrelcina no Registro dos Santos, oferece aos fiéis uma imagem viva da bondade do Pai, imitador apaixonado de Jesus Crucificado e instrumento dócil do Espírito Santo ao serviço dos fiéis enfermos em corpo e espírito.”

Seus restos mortais são venerados em San Giovanni Rotondo, no santuário dedicado a ele. 

 

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