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Papa Francisco recebe administradores públicos franceses

Na audiência, Papa destacou importância de acolher os mais desfavorecidos, sobretudo os migrantes

Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Papa Francisco / Foto: Daniel Ibanez – CNA

Na manhã desta sexta-feira, 21, o Papa Francisco recebeu uma delegação de administradores públicos franceses, num espírito de mútuo respeito e colaboração entre as autoridades civis e religiosas da região. Eles estavam acompanhados pelo arcebispo de Cambrai, Dom Vincent Dollmann. 

Em seu discurso, Francisco falou que a região do Norte da França é uma forte indústria metalúrgica e de renomadas fábricas têxteis. Sofreu um terrível revés com o fechamento das minas e fábricas desenvolvidas durante a revolução industrial do final do século XIX.

Segundo o Papa, a crise econômica também significa, infelizmente, o empobrecimento da população do Norte da França e o desafio que eles vêm enfrentando há algumas décadas, além da preocupação prioritária com as questões sociais.

Ação social e cultural

Para Francisco, é precisamente nestas esferas de ação social e cultural que os administradores podem se encontrar, seja qual for a filiação política. Ao dar prioridade às necessidades essenciais dos cidadãos, muitas vezes negligenciadas em favor de temas de moda que têm menos a ver com a sua vida cotidiana, podem demonstrar uma vontade de estar ao serviço daqueles que os elegeram e que colocaram neles sua confiança.

O método democrático e representativo, segundo o Papa, deve permitir que eles levem suas aspirações e necessidades reais da população do seu território ao conhecimento das mais altas autoridades, longe de qualquer ideologia ou pressão da mídia. No campo social, tão vasto, ressalta o Papa, “gostaria apenas de encorajá-los com duas palavras relacionadas à atualidade: acolhimento e cuidado”.

Acolhimento dos mais desfavorecidos

O Pontífice ressaltou também o acolhimento dos mais desfavorecidos, em primeiro lugar, os migrantes e também as pessoas com deficiência. Segundo o Papa, eles precisam de mais estruturas para facilitar sua vida e a de seus entes queridos e, sobretudo, para demonstrar o respeito que lhes é devido. “Que as medidas de inclusão possam permitir a muitos deles ter um lugar no mundo do trabalho. É necessário continuar propondo o acesso ao trabalho como objetivo prioritário para todos!”.

No que diz respeito aos cuidados, Francisco pensa em particular na atenção a prestar aos idosos em lares de idosos e às pessoas em fim de vida, que devem ser acompanhadas no desenvolvimento dos cuidados paliativos. Os agentes de saúde, por natureza, têm a vocação de cuidar e aliviar, nem sempre conseguindo curar.

Esfera cultural

“A esfera cultural é, por sua vez, um importante fator de unidade na medida em que se apresenta como fruto de um passado comum, de uma história vivida em terras que são suas, que você ama e onde a Igreja nunca esteve ausente”, ressalta Francisco.

O Papa falou que a região deles foi palco de acontecimentos que a moldaram e cabe a eles aprimorá-la para transmitir o seu legado às gerações futuras. Os acontecimentos do passado contribuíram de fato para a história e a literatura, bem como para as perspectivas políticas e econômicas de todo o país.

Segundo o Papa, em virtude da fé em Cristo que se fez pobre, a Igreja sempre se preocupou com o desenvolvimento integral dos mais abandonados da sociedade. E junto com os administradores, procura chegar aos migrantes, aos idosos e aos doentes, ou seja, a todos aqueles que são “deixados para trás”, cuja maior pobreza é, sem dúvida, a exclusão e a solidão que dela derivam.

Francisco concluiu dizendo que, no que diz respeito aos migrantes, não se deve esquecer que devem ser acolhidos, acompanhados, promovidos e integrados.

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