Reitor do Santuário de Fátima celebrou a Missa na Solenidade da Santíssima Trindade
Da redação, com Santuário de Fátima
Na homilia da Missa deste Domingo da Santíssima Trindade, 12, o reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, exortou os peregrinos reunidos no Recinto de Oração a tomarem consciência do lugar central que Deus deve ocupar na vida cotidiana, tomando como exemplo a vida contemplativa e fraterna dos santos Pastorinhos.
“A celebração deste dia não se destina a desvendar o mistério da vida íntima de Deus, como se fosse algo escondido, a que tentamos acessar. Esta celebração é uma exortação a contemplar Deus e o Seu amor, que se faz presente nas nossas vidas e a darmos a Deus o lugar central que Ele deve ter para nós”, disse.
Aludindo à revelação progressiva que a vida de Jesus fez do rosto uno e trino de Deus e à promessa que ele deixou, depois da Sua morte e ressurreição, do Espírito Santo como guia para a “vida íntima de Deus”, o sacerdote apresentou o “imenso amor de Deus” pela humanidade como fundamento da “verdade plena” na qual a Trindade se revela.
“Nós acreditamos em um Deus que é amor, que é relação e que nos convida permanentemente a participar do Seu amor. A fé cristã é a fé em um Deus único, que é Pai, Filho e Espírito Santo. Deus, que é amor, derrama sobre nós o Seu amor através do Espírito Santo”, lembrou o padre Cabecinhas.
Realidade experimentada no cotidiano
Com referência à vida dos discípulos, o reitor do Santuário apresentou a Santíssima Trindade como uma “realidade que se experimenta cotidianamente” e “mistério que contemplamos no dia-a-dia”, sobretudo na oração, e posicionou esta revelação do rosto trino de Deus e dos Seus “desígnios de misericórdia” no centro da Mensagem de Fátima.
“Nos gestos e nas palavras do Anjo da Paz e de Nossa Senhora, Deus revela-se a si mesmo neste mistério trinitário, dá-nos a conhecer o Seu amor misericordioso, suscitando da nossa parte uma resposta generosa de adoração, de dom de nós próprios e de atenção aos outros”, mostrou presidente da celebração, ao concretizar esta relação na “atitude de adoração, no dom de si e na atenção redobrada aos outros” que os santos Francisco e Jacinta Marto praticaram em vida.
“Eles testemunham o desejo de estar com Deus em adoração, de O consolar; exprimem o amor a Deus, Santíssima Trindade também no amor aos outros e no cuidado com a sua salvação. É com eles que somos convidados a viver este dia”, concluiu.