Dois projetos com o objetivo de proteger os nascituros de abortos foram negados no Senado estadunidense
Da redação, com Vatican News
Os bispos dos Estados Unidos lamentaram que dois projetos, o primeiro destinado à proteção dos nascituros de abortos tardios e outro aos que sobreviveram a uma tentativa frustrada de aborto, tenham sido rejeitados pelo Senado do país. “Nossa nação é melhor do que isso”, disseram os religiosos.
Dom Joseph F. Naumann, presidente do Comitê de Atividades Pró-Vida da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, divulgou um comunicado depois da decisão do Senado em que disse o seguinte: “Hoje, os Estados Unidos falharam em avançar na reforma de dois importantes direitos à vida que a maior parte dos norte-americanos apoia”.
O acalorado debate acerca destes dois temas teve início nesta terça-feira, 25, no Senado e foi aberto pelo líder político da maioria, Mitch McConnell. “Hoje, todo senados pode assumir uma posição moral clara”, afirmou.
Projetos que foram impedidos de serem votadas
O primeiro projeto em questão tratava-se de “Pain-Capable Unborn Child Protection Act”, que daria proteção legal aos nascituros depois de 20 semanas, banindo assim abortos tardios.
O segundo projeto era “Born-Alive Abortion Survivors Protection Act”, que consistia em fortalecer a proteção legal de crianças que nasceram vivas após uma tentativa não bem-sucedida de aborto, e que atualmente estão potencialmente sujeitas ao infanticídio.
Ainda que a maior parte do Senado seja atualmente formada por integrantes do partido Republicano, alguns projetos podem ser proibidos de seguir adiante para aprovação a fim de prolongar o debate, por isso são necessários 60 votos para que o projeto seja aprovado. O primeiro projeto conseguiu sete votos, enquanto o segundo, quatro.
Para arcebispo, decisão foi ‘terrível’
Atualmente, os Estados Unidos são um dos sete países em que o aborto eletivo após 20 semanas é legal ― os outros são Canadá, China, Holanda, Coréia do Norte, Cingapura e Vietnã. Vinte semanas é geralmente considerado o tempo necessário para que o feto possa sentir dor e até sobreviver fora do útero.
“É terrível que até um senador, quanto mais 40, tenham votado a favor do desmembramento brutal de crianças quase adultas e votado contra a proteção de bebês que sobrevivem ao aborto”, lamentou o religioso.
“Nossa nação é melhor que isso, e a maioria dos americanos que apoiam esses projetos devem fazer com que suas vozes sejam ouvidas”, finalizou.