“Santos Inocentes” são vítimas imoladas por Herodes que, segundo as Sagradas Escrituras, queria matar o Menino Jesus
Da redação
A Igreja Católica faz memória nesta sexta-feira, 28, aos chamados “Santos Inocentes”, vítimas imoladas por Herodes que, segundo as Sagradas Escrituras, queria matar o Menino Jesus. Assim sendo, ordenou que fossem mortas todas crianças com menos de dois anos que se encontravam em Belém.
A festa dos Santos Inocentes foi instituída pelo Papa São Pio V e é um convite para que os católicos reflitam sobre a situação atual dos milhões de “pequenos inocentes”: crianças vítimas do descaso, do aborto, da fome e da violência.
Em 2017, o Papa Francisco escreveu uma carta aos bispos como forma de apelo em prol dos direitos das crianças e também como um novo pedido de perdão pelos casos de pedofilia cometidos pelo clero.
No texto, o Santo Padre citou dados alarmantes do Unicef que previam 167 milhões de crianças em pobreza extrema em 2030. O Pontífice recordou, na época, as 75 milhões de crianças tiveram que interromper os estudos por causa das emergências humanitárias e as vítimas do tráfico sexual.
Sobre os casos de pedofilia cometidos por sacerdotes, Francisco afirmou: “Pessoas que tinham à sua responsabilidade o cuidado destas crianças, destruíram a sua dignidade. Deploramos isso profundamente e pedimos perdão. Solidarizamo-nos com a dor das vítimas e, por nossa vez, choramos o pecado: o pecado que aconteceu, o pecado de omissão de assistência, o pecado de esconder e negar, o pecado de abuso de poder. Também a Igreja chora amargamente este pecado dos seus filhos e pede perdão”.
O Papa pediu renovado empenho dos bispos para que esses casos não se repitam e que as crianças tenham sua dignidade de filhos de Deus não só respeitada, mas sobretudo defendida. “Assumamos, clara e lealmente, a determinação ‘tolerância zero’ neste campo”, escreveu.