INTENÇÃO DE ORAÇÃO do Papa

Movimentos eclesiais auxiliam a Igreja na evangelização, destaca bispo

Dom Joaquim Wladimir e membros da Comunidade Canção Nova e Comunidade Shalom comentam intenção de oração do Papa para maio: os movimentos e grupos eclesiais

Gabriel Fontana
Da Redação

Foto: Daniel Xavier

“Cada movimento (eclesial) tem um carisma, e esse carisma atrai muitas pessoas para o Senhor. Através deste carisma, as pessoas vão sendo evangelizadas, crescendo espiritualmente, se convertendo e se santificando cada dia mais”. É o que afirma o bispo de Lorena (SP), Dom Joaquim Wladimir, ao comentar a intenção de oração do Papa Francisco para este mês de maio: os movimentos e grupos eclesiais.

Dom Joaquim Wladimir / Foto: Larissa Ferreira

vídeo com o pedido de oração do Santo Padre para este mês foi publicado no dia 2 de maio, pela Rede Mundial de Oração – o Apostolado da Oração. Na mensagem divulgada, o Pontífice afirma que os movimentos eclesiais são um dom, a riqueza que renova a Igreja a partir da capacidade de diálogo a serviço da missão evangelizadora. Francisco cita que estes grupos são uma nova maneira de mostrar a atratividade e a novidade do Evangelho.

Dom Wladimir sublinha que os movimentos eclesiais tornam a Igreja “um jardim com diversos canteiros”. “Cada um procura viver e testemunhar a Palavra de Deus de acordo com a inspiração que foi dada pelo Espírito Santo, contribuindo para que o Corpo de Cristo, a Igreja esteja cada dia mais unida a Cristo”, comenta.

Ao fazer o pedido de oração, Francisco convida os grupos e movimentos a trabalhar em prol da Igreja, evitando fechar-se em si mesmos. Segundo o bispo de Lorena, o Papa deseja que todos os movimentos e os consagrados vivam a sua missão evangelizadora dentro da Igreja e no mundo sempre a serviço da evangelização, da caridade e do amor ao próximo.

Todos, mesmo que não integrem algum grupo ou movimento, devem rezar, assim como o Santo Padre pediu, por cada uma dessas vocações e carismas, indica Dom Wladimir.

Reconhecidos pela Igreja

Existem milhares de grupos eclesiais ao redor do globo. Destes, a Santa Sé reconhece oficialmente 115 – presentes em todos os continentes. Entre esses grupos que receberam o Reconhecimento Pontifício, estão a Comunidade Canção Nova e a Comunidade Católica Shalom. Ambas surgiram no Brasil e têm atuação missionária no mundo inteiro.

A Comunidade Canção Nova foi fundada pelo Padre Jonas Abib, em 1978, após o bispo da diocese de Lorena (SP) à época, Dom Antônio Affonso de Miranda, apresentar ao sacerdote a Exortação Apostólica Evangelli Nuntiandi. Já a Comunidade Católica Shalom foi fundada por Moysés Azevedo, em 1982, após encontro com São João Paulo II.

Missionário da Comunidade Católica Shalom, Breno André Dias, / Foto: Acervo pessoal

Recordando o Reconhecimento Pontifício da Comunidade Católica Shalom, o responsável local da missão de São Paulo (SP), o missionário Breno André Dias afirma que ao autenticar o carisma, a Igreja indica a comunidade como um “caminho seguro de santidade”. Esse é justamente o significado do reconhecimento dado pela Santa Sé: indicar que o carisma de um grupo ou movimento pode levar as pessoas à santificação e a uma vida em Deus.

A secretária-geral da Canção Nova, Maria Marta Teixeira, comenta como o carisma guia a comunidade exatamente neste sentido. “Como o padre (Jonas Abib) escreve nos nossos estatutos, se a gente vive aquela regra de vida ali, vivemos um código de santidade, e a Igreja aprova, ela reconhece que a nossa forma de vida nos forma para a santidade, nos forma para o céu”, explica.

Harmonia para servir

Maria Marta Teixeira, da Comunidade Canção Nova / Foto: Canção Nova

Maria Marta também ressalta que, no contexto da missão de cada grupo e movimento, é preciso haver harmonia com a Igreja e as outras comunidades. Referindo-se à intenção de oração do Papa, ela diz:

“Nós precisamos, como um corpo, como Igreja, rezar para que os movimentos eclesiais, sobretudo as novas comunidades, possam servir a Santa Sé com esse ardor e com alegria.”

Dias complementa: “Quando nós rezamos e intercedemos pelos movimentos eclesiais, por todas as comunidades e pela Igreja, nós não queremos mudar a graça e a ação divina sobre nós, mas pedimos a Deus que abra espaço no nosso coração para cada vez mais essa graça nos alcançar abundantemente. (…) É pedir a Deus que os movimentos sejam autênticos e diante de cada carisma específico, eles possam testificar a vida em Cristo”.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo