Luto

Morre Maria Voce, ex-presidente do Movimento dos Focolares

Italiana foi a primeira sucessora da fundadora Chiara Lubich; Maria Voce morreu aos 87 anos de idade

Da Redação, com Assessoria Focolares e Vatican News

Maria Voce morreu aos 87 anos / Foto: Divulgação – Assessoria de Imprensa Focolares

Faleceu nesta sexta-feira, 20, a ex-presidente do Movimento dos Focolares, Maria Voce, conhecida como Emmaus. A italiana esteve à frente da Obra por 12 anos, sendo a primeira a suceder a fundadora Chiara Lubich, após seu falecimento em 2008.

Voce morreu em Rocca di Papa, “em sua casa”, informou um comunicado assinado pela presidente dos Focolares, Margaret Karram. O comunicado acrescenta que Maria Voce estava “cercada pelos cuidados e amor das focolarinas de seu focolare e pela oração de todos nós. Estava serena”.

O funeral de Maria Voce será realizado na segunda-feira, 23 de junho, às 15h, no Centro Internacional de Rocca di Papa.

“Quanta gratidão e reconhecimento pela sua vida! Que Maria a acolha com um abraço caloroso, com tanta ternura!”, declararam Márvia Vieira e Aurélio Oliveira, dirigentes do Movimento dos Focolares no Brasil.

Trajetória

Natural de Cosenza, sul da Itália, Maria Voce conheceu o carisma da unidade em 1959, ao entrar em contato com jovens focolarinos em Roma, ainda estudante de Direito. Foi a primeira mulher a advogar no fórum de sua cidade, mas deixou uma promissora carreira para seguir a vocação de consagrar-se no Movimento. Ao longo da vida, dedicou-se profundamente ao diálogo inter-religioso e à atualização dos estatutos do Focolares, missão que a aproximou diretamente de Chiara nos anos 2000.

Eleita presidente em 2008 e reeleita em 2014, Maria Voce conduziu o Movimento com ênfase no relacionamento, na escuta e na busca incansável pela unidade, inclusive em tempos de crise interna. Em suas palavras, “Deus não é apenas Amor, mas também Trindade. Isso significa que Ele é relação – e que só é possível encontrá-lo se formarmos relacionamentos”. Sua liderança buscou conectar espiritualidade e compromisso com o mundo contemporâneo.

Em sua última entrevista ao portal Vatican News, comparou o Movimento a “uma árvore no outono” que guarda em suas raízes a seiva da fé, preparando-se para florescer novamente. “A fidelidade à unidade deve ser total, capaz de viver relações como as da Trindade, para testemunhar ao mundo que Deus existe”, afirmou.

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