Tempo do Advento

Mais que enfeites, decoração de Natal é convite à esperança, diz padre

Diante da proximidade do Tempo do Advento, padre Leonardo Ribeiro esclarece principais dúvidas dos católicos sobre as ornamentações de Natal

Julia Beck
Da Redação, com colaboração de Gabriel Fontana

Foto: Canva

Presépio, árvore, luzes decorativas e velas do Advento. Depois de meses guardados, esses ornamentos voltam a ganhar destaque com a proximidade do Natal, ocupando lares, ruas, comércios e repartições públicas. A ornamentação é certa — mas, a cada ano, reaparece a mesma dúvida: existe alguma orientação da Igreja sobre o dia ideal para montar a decoração natalina?

Padre Leonardo Ribeiro / Foto: Canção Nova

O sacerdote e missionário da Comunidade Canção Nova, padre Leonardo Ribeiro, explica que não existe uma data determinada. No entanto, ele recorda que, segundo a tradição e ao que a liturgia propõe para a Igreja e para os fiéis, a preparação para o Natal do Senhor começa a partir do primeiro Domingo do Advento. “Portanto, seria o momento mais pertinente para arrumar a casa e até mesmo as próprias paróquias”, complementa.

A preparação por meio das decorações e pelos sinais próprios deste tempo litúrgico sinaliza para os católicos a expectativa e a esperança, ressalta o presbítero. O Tempo do Advento, prossegue padre Leonardo, alimenta no coração dos fiéis uma real preparação para a chegada de Jesus.

“As próprias leituras deste tempo, as orações, os movimentos dos grupos nas paróquias, levam os fiéis a uma reflexão de como está a vida e o coração para receber Jesus no Natal. Não podemos nos esquecer que também se trata de um tempo de maior interioridade, revisão de vida, até mesmo propósitos penitenciais que possam favorecer a conversão e retomada de bons propósitos”, enfatiza.

Sob o ponto de vista comercial, o missionário da Canção Nova pede aos fiéis um olhar de sobriedade. “Lembremos que este tempo de preparação para o Natal não se trata ainda do Natal em si. Como já mencionado, entramos em um tempo de reflexão de vida, propósitos de conversão, e, portanto, não podemos cair no erro do consumismo exacerbado”, alerta. Ele ressalta que não é proibido usar dos recursos de decoração, com zelo e sobriedade, desde que favoreça também a oração em família.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo
Skip to content