Comissão da CNBB para a Ação Missionária e Fundação AIS promovem o dia de oração em prol da paz no Sudão do Sul
Da Redação, com CNBB
No dia 1º de junho será realizada uma jornada de oração pela paz no Sudão do Sul. Essa é mais uma iniciativa da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que sofre (AIS).
O país localizado no centro da África vive atormentado pela violência e pela fome. Com uma população majoritariamente cristã, o país é o mais jovem do mundo. Sua independência ao separar-se do Norte árabe e muçulmano foi em 2011. No final de 2013, o país mergulhou em um conflito civil causado pela rivalidade entre o presidente, Salva Kiir, e o seu então vice-presidente, Riek Machar.
“Vi acontecer a independência do Sudão Sul, em 2011, depois de mais de cinco décadas de luta sangrenta contra o Sudão. Desde então passou a ser República do Sudão do Sul. Porém, a situação caótica e violenta continuou; mas, agora entre etnias que deveriam ser irmãs”, conta a assessora da comissão, Irmã comboniana Sandra Amado.
Perdão e esperança frente à violência
Há duas semanas, o bispo eleito de Rumbek, no Sul do Sudão, o padre italiano Christian Carlassare, foi baleado nas pernas em um ataque. Ele continua a se recuperar no hospital em Nairóbi, no Quênia, fora de perigo. De lá, gravou uma mensagem com um apelo ao perdão e à unidade. Assista abaixo:
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Aos 43 anos de idade, o missionário italiano é o bispo mais jovem do mundo à frente da diocese. A ordenação episcopal estava marcada para o último domingo, 23, Domingo de Pentecostes, mas foi adiada.
O gesto do Papa
Em abril de 2019, líderes do Sudão do Sul participaram de um retiro espiritual no Vaticano. No discurso de encerramento, um gesto significativo do Papa Francisco: ele se inclinou para beijar os pés dos líderes do país reunidos para a iniciativa de paz.
No encontro, o Papa confirmou seu desejo de ir ao Sudão do Sul. “Confirmo o meu desejo e a minha esperança de poder ir ao vosso amado país num futuro próximo, com a graça de Deus, junto com os meus queridos irmãos aqui presentes”, disse Francisco.