País do sudeste africano enfrentou cerca de 20 anos de guerra civil que deixou mais de 1 milhão de mortos e destruição da infraestrutura
Da Redação, com CNBB*
No dia 1º de julho, a quarta edição da Jornada de Oração e Missão será dedicada à paz em Moçambique. O país do sudeste da África enfrentou cerca de 20 anos de guerra civil entre as décadas de 1970 e 1990, resultando na morte de mais de 1 milhão de habitantes.
Essas duas décadas de conflitos deixaram um rastro de destruição da infraestrutura que afetou diretamente a economia nacional. O território de Moçambique faz fronteira com a Tanzânia (ao norte), Malauí (a noroeste), Zâmbia e Zimbábue (a oeste), África do Sul e Suazilândia (a sudoeste), além de ser banhado pelo oceano Índico.
A Jornada de Oração e Missão é promovida pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que sofre (ACN).
De acordo com a ACN, Moçambique voltou a ser alvo de inúmeros ataques jihadistas desde 2017. Segundo a fundação, os observadores sugerem que esses ataques sejam uma mistura de interesses econômicos, políticos e religiosos. Além do terrorismo, o país também está sofrendo com a pandemia covid-19.
O assessor da comissão da CNBB, padre Daniel Rochetti, afirma que as Jornadas de Oração e Missão têm ensinado que a oração sustenta a missão da Igreja em diversas partes do mundo. Também nas diferentes situações onde os mais pobres e necessitados precisam do anúncio da fé e do serviço da caridade.
“Assim, a gente motiva as pessoas a entenderem que a oração ela se torna também missão quando a gente traz no coração, nas contas do terço, na participação da missa aquela determinada intenção. O magistério Papal pontifício sempre destaca a importância de contribuir com a missão com a vida, com a oração e com ajuda financeira dando sustento para os missionários naquele determinado país”, destaca padre Daniel.
Missão brasileira
A Igreja Católica do Brasil possui um trabalho missionário no país há décadas. Só na arquidiocese de Nampula, em Moçambique, norte do país africano, são 26 anos. Desde 1995, missionários enviados pelo Regional Sul 3 da CNBB, que reúne toda a Igreja do Rio Grande do Sul, atuam no Projeto Igrejas Solidárias. O projeto inclui sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos e leigas.
Além disso, tem missionários e missionárias brasileiros na diocese de Pemba. A missão é organizada pelo Regional Sul 1 da CNBB, que compreende o estado de São Paulo (SP), desde 2018. Já na região de Dombe, que fica na diocese de Chimoio, está instalada desde 2006 a Fazenda da Esperança, comunidade terapêutica católica que acolhe dependentes químicos e outros vícios.
A Jornada de Oração e Missão faz parte de uma série, que coloca o valor da oração como “agir missionário” e propõe que cada cristão católico dedique um tempo do dia para rezar pelo país.
Nas redes sociais, é possível fazer parte desta corrente de oração com a hashtag #rezepormocambique.
*Com informações da ACN