Jubileu

Igreja na Amazônia celebra os 50 anos de Santarém

Evento será realizado de 6 a 9 de junho para atualizar o legado de Santarém

 Da redação, com Vatican News    

O arcebispo de Cuiabá diz ver também o fato de celebrar Santarém como oportunidade para reconhecer que nossas comunidades oferecem respostas para os problemas da Amazônia. / Foto: Sébastien Goldberg via Unsplash

De 6 a 9 de junho, no Seminário São Pio X, será realizado um encontro para atualizar o legado de Santarém. O evento reunirá quase 100 participantes. Entre eles: bispos, presbíteros, religiosos e leigos da Igreja da região e de outros locais do Brasil e da América Latina.

O encontro visa ser um momento de espiritualidade e vai destacar a acolhida de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira da Amazônia. A imagem será deslocada de Belém para estar presente na comemoração dos 50 anos de Santarém. 

A presença de Nossa Senhora de Nazaré quer ser também um reconhecimento à religiosidade popular na Amazônia, sustento secular da fé do povo do bioma amazônico. Segundo o padre Vanthuy Neto, a presença de Nossa Senhora de Nazaré, seguindo o acontecido em Aparecida, quer visibilizar “a religiosidade popular e a maternidade de Maria”.

O padre da diocese de Roraima lembra que no Documento de Santarém, Nossa Senhora de Nazaré é considerada “a Rainha da Amazônia”. Nessa presença ele vê três sentidos: o encontro não é só dos bispos, mas um encontro que quer fazer um diálogo com a experiência da religiosidade popular, da piedade, da fé do povo, algo presente no Círio de Nazaré.                                                                                             

Para o sacerdote também é preciso pedir que Nossa Senhora ajude a concretizar na Amazônia as experiências dessa Igreja que cada vez mais deseja armar sua tenda no meio do povo: “E que o Evangelho se torne fermento na vida das comunidades e da sociedade”.

Ação de Graças

Será celebrada também uma Missa em ação de graças pelos 50 anos do Documento e os frutos recolhidos ao longo do caminho. Junto a isso, em outra celebração, serão lembrados os mártires da Amazônia: homens e mulheres que entregaram sua vida em defesa da casa comum e dos povos que habitam a região amazônica.

Um encontro que acontece 50 anos depois do encontro em que “a Igreja na Amazônia assumiu como missão, encarnação na realidade e evangelização libertadora.

Segundo o arcebispo de Cuiabá, Dom Mário Antônio da Silva, “essa missão ainda continua necessária e urgente”. “É por isso que 50 anos depois fazemos memória e assumimos novos compromissos. É preciso revisitar e permanecer vinculados ao espírito que gerou o Documento de Santarém como processo missionário”, afirmou.

O prelado usa a imagem dos ramos e a videira, como “indicativo para que possamos prosseguir produzindo os frutos para a vida humana e toda a Criação, na Amazônia e em todo o mundo”. 

Ele reforça que “celebrar 50 anos de Santarém é assumir o compromisso de caminhar juntos, de ser Igreja sinodal, e responder aos desafios de hoje como pastores próximos do rebanho e interpelados pelas periferias existenciais e geográficas”.

Encontro

Ao longo do encontro serão elaborados um Documento Final, uma Mensagem ao Povo de Deus, uma Mensagem ao Papa Francisco, e uma Mensagem a Dom Cláudio Hummes.

Dom Cláudio Hummes foi durante muitos anos o presidente da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), primeiro presidente da Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA), e atualmente se encontra em tratamento de saúde.

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