Pré-Cúpula

Fome: sistemas alimentares indígenas são soluções, diz Cardeal Turkson

Prefeito do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano discursou na Pré-Cúpula da ONU sobre Sistemas Alimentares

Da redação, com Vatican News

Foto: Kasturi Laxmi Mohit via Unsplash

Para aumentar a produção mundial de alimentos em mais de 50%, e assim suprir as mais de 9 bilhões de pessoas que deverão povoar o planeta até 2050, “é necessário promover os sistemas alimentares indígenas”. É o que afirmou o Prefeito do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Peter Kodwo Turkson, na Pré-Cúpula da ONU sobre Sistemas Alimentares.

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O purpurado discursou sobre “Sistemas Alimentares Indígenas e Dieta Natural”. Em sua fala, o cardeal explicou que o uso desses sistemas alimentares, definidos como “agroecossistemas”, será especialmente útil “em países com sistemas agrícolas sensíveis às mudanças climáticas (por exemplo, a variabilidade das chuvas, a temperatura, a seca, as enchentes)”.

Segundo Dom Turkson, a aplicação deste conceito requer o estabelecimento de “um diálogo permanente de conhecimento com os povos indígenas/tradicionais de todo o mundo”. Este diálogo permitirá a elaboração de políticas públicas globais que valorizem os pequenos produtores indígenas e tradicionais. São “protagonistas de uma ação global para combater a pobreza alimentar”, afirmou.

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Regiões socioculturais identificadas pela FAO

Por esta razão, lembrou o purpurado, a FAO, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, “identificou sete regiões socioculturais para representar os povos indígenas do mundo: África; Ásia; América Central, América do Sul e Caribe; Ártico; Europa Central e Oriental, Federação Russa, Ásia Central e Transcaucásia; América do Norte e Pacífico”.

Um próximo passo, para o Prefeito do Dicastério do Vaticano, “seria identificar e aplicar as instituições informais que permitiram a persistência dos sistemas alimentares ao longo do tempo”. Depois, “organizar os sistemas alimentares dessas regiões à medida que se desenvolvem ao longo do tempo”.

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