Missa solene em honra a Nossa Senhora Aparecida foi presidida por Dom Orlando Brandes
Jéssica Marçal
Da Redação
“Dai-nos a bênção, ó Mãe Querida”. O tradicional cântico ganha força na voz dos fiéis de todo o Brasil para celebrar, nesse 12 de outubro, sua Padroeira: Nossa Senhora Aparecida. No Santuário Nacional, o arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes, presidiu a missa solene às 9h.
As palavras povo e aliança, presentes na liturgia do dia, nortearam a homilia de Dom Orlando. “Ester, rainha, pedindo vida para o povo. A Rainha do Brasil faz o mesmo pedido a Jesus: vida para o povo brasileiro”. O bispo destacou que o povo olha para Maria, a Igreja olha para Maria e diz que assim deve ser o povo brasileiro: simples, orante e que não desanima.
Do Evangelho do dia, Dom Orlando destacou dois grandes “remédios” que Maria traz. O primeiro deles é que não falte o vinho, que é o Novo Testamento, a Palavra de Deus, Jesus. “Não falte Jesus e o seu Evangelho no povo brasileiro”. O outro é bem bíblico: “Fazei tudo o que ele vos disser”. Um mandamento bíblico, segundo Dom Orlando, para ser um povo discípulo missionário.
E por falar em povo, o arcebispo recordou os pronunciamentos de quatro Papas ao povo brasileiro, em ocasiões relacionadas a Aparecida. São Paulo VI, ao enviar a Rosa de Ouro ao povo brasileiro, pediu que se dissesse à nação brasileira que a flor era expressão do seu afeto para esse grande povo para que fosse grande também na vida espiritual e social.
São João Paulo II disse que a Virgem Aparecida marcou um encontro singular com a nação brasileira. Bento XVI disse ao povo brasileiro para permanecer na escola de Maria. E Francisco, saudando autoridades do Brasil e o povo brasileiro disse: “Meus braços se alargam para abraçar a inteira nação brasileira”.
A aliança
Já sobre a palavra “aliança”, Dom Orlando lembrou que aliança é sinônimo de amizade. Aqui, mencionou a encíclica Fratelli tutti, do Papa Francisco, sobre a amizade social. O Papa e a doutrina da Igreja pedem uma amizade social, frisou.
Dom Orlando acrescentou que aliança significa parceria, diálogo mútuo, empatia, união e democracia. “Nossa Senhora nos quer assim, fraternos e livres. Em nome da aliança, vamos nós ser todos aliados do bem comum”.
O bispo convidou os fiéis também à aliança na cultura do cuidado com a terra, à aliança na fé, no ecumenismo, no perdão e na ternura de Maria, “que é a grande revolução da fraternidade e da aliança”.
“Mãe Aparecida, muito obrigado porque na pandemia a senhora foi consoladora, conselheira, mestra, companheira e guia do povo brasileiro que hoje te agradece de todo coração”, concluiu.
O dia festivo no Santuário
A programação desse dia festivo começou cedo, com a primeira missa às 5h. E já de madrugada, romeiros de várias partes do país chegavam ao santuário para visitar a imagem da Mãe Aparecida nesse dia a ela dedicado.
Ao longo do dia, haverá outras celebrações eucarísticas, como a das 12h, dedicada às crianças. Também nesse horário, o toque dos sinos em homenagem à Padroeira do Brasil.
Às 15h, a consagração solene, na Basílica Histórica. Também neste local, a oração do Angelus, às 18h, e na sequência a missa de encerramento às 19h.
A visitação à Basílica Histórica acontece desde as 6h e vai até as 14h. Já a visita à Imagem de Nossa Senhora, no Santuário Nacional, está aberta desde 0h e segue até 21h.
Nesse ano, a novena e festa pôde contar com a presença de devotos. Seguindo as determinações sanitárias, as celebrações tiveram capacidade reduzida, acesso controlado e triagem com verificação de temperatura e higienização das mãos. Para acolher os peregrinos, o número de missas foi multiplicado nesse período festivo. Outra medida foi a ampliação dos locais de celebrações.
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