Neste dia 8 de setembro, a capital paulista celebra Nossa Senhora da Penha, a padroeira do município. Na zona leste da cidade, uma Basílica com este título completa 40 anos. Mas a história entre o bairro e a Mãe de Jesus já tem mais de três séculos.
Reportagem de Aline Imercio e Gilberto Pereira
Agostinha chegou de Portugal com seus pais ao bairro da Penha em São Paulo, quando tinha menos de um ano de idade. Era 1956 e desde aquele dia não deixou de frequentar a Igreja que leva o título de Nossa Senhora da Penha. “E acompanhei a feitura, a construção da basílica. Só boas lembranças, mesmo nos momentos difíceis”, relatou a aposentada, Agostinha Pereira dos Santos.
A história da Penha, bairro da zona leste de São Paulo, começou no século XVII com a devoção a este título de Nossa Senhora, quando um viajante esqueceu a imagem no local por duas vezes.
“Ele viu que a santa queria realmente ficar aqui. Então, a imagem de Nossa da Penha se estabeleceu aqui no alto desta colina. Depois a rainha de Portugal concedeu aqui o título de freguesia de Penha de França, porque a imagem é de uma região ali que fica na França”, contou o reitor da Basílica da Penha, padre Edmilson Leite
A partir daí, em 1682, foi construída no bairro a primeira Igreja, hoje, Santuário.
Anos depois, foi criada a Igreja do Rosário dos Homens Pretos, que acolhia a fé dos escravos. E finalmente, no ano de 1957, foi erguida outra Igreja na região, elevada a Basílica em 1985 pelo Papa João Paulo II. Em 2025, a Basílica da Penha celebra 40 anos deste título. E a imagem que chegou a este bairro no século XVII se mantém no altar e é visitada por muitos devotos.
Seu Manuel é voluntário na Basílica há mais de 30 anos e vê bem de perto a fé de muitas pessoas que chegam para orações. “De longe, de perto, muita gente vem aqui. Ah, isso aqui é fantástico. Ninguém esquece daqui”, disse o comerciante, Manuel Moreira Pinto.
“O mês de setembro é um mês da Penha, do bairro da Penha e da Nossa Senhora da Penha. Então para nós é muito importante essa festividade, essa representatividade da cultura e da religião do bairro”, concluiu a subprefeita da Penha, Kátia Falcão.