Nos primeiros anos do cristianismo, a princesa africana Efigênia se converteu ao cristianimos e contribuiu para que muitos pagãos conhecessem a Jesus Cristo. Ela foi canonizada pela Igreja e sua festa litúrgica é celebrada no próximo domingo, 21 de setembro. Em São Paulo, uma histórica Basílica Menor se preprara para a festa da padroeira.
Reportagem de Flavio Rogério e Gilberto Pereira
Divina há mais de 30 anos é paroquiana da Basílica Menor Nossa Senhora da Imaculada Conceição e Santa Ifigênia, na região central da capital paulista. Ela se tornou devota da santa padroeira das moradias.
“Uma vez esqueci o fogão ligado, meu marido quando era vivo, e o vizinho conseguia entrar lá na minha casa e apagar o fogo pra gente. Então eu consigo ser cada vez mais devota dela”, lembra a aposentada, Divina dos Reis Marçal.
Ifigênia foi princesa em um pequeno reino pagão da Etiópia. De acordo com a tradição, ela conheceu Jesus por meio da missão do apóstolo Mateus naquela região, após a ascensão do Senhor. Por ter se convertido ao cristianismo, foi perseguida e tentaram queimá-la viva.
“O seu tio ficou com muita raiva desse fato e mandou colocar fogo na casa de Santa Efigênia. E Santa Efigênia rezando, conseguiu que o incêndio se apagasse. Então, ela é protetora da casa porque ela conseguiu salvar sua própria casa e ela é a protetora dos bombeiros”, explicou o reitor da Basílica Menor Nossa Senhora Imaculada Conceição e Santa Ifigênia, padre João Paulo Rizek.
A Igreja de Santa Efigênia surgiu como uma capela no início do século XVI, em 1809, por ordem do príncipe regente, Dom João VI, tornou-se paróquia. Em 1958, o Papa Pio XI a elevou à Basílica. E em 1992, o templo foi tombado pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico.
Ainda na juventude, era costume o padre Jonas Abib participar de vigílias eucarísticas no local, pois estudava próximo. Ainda hoje, quem passa por aqui encontra o Santíssimo Sacramento exposto.
“Temos duas missas diárias: uma ao meio-dia e uma às 18 horas. E nesses intervalos o Santíssimo Sacramento fica exposto”.
A memória litúrgica de Santa Ifigênia é 21 de setembro e na paróquia está sendo celebrado um tríduo. No próximo domingo acontece uma procissão às 10 horas da manhã, seguida de missa solene. “Em todo lugar que precisar, eu estou aqui para para esse fim”.