Roma viveu um final de semana intenso. A cidade acolheu o Jubileu dos Governantes, celebrado com representantes de dezenas de países. E nesse domingo, a Solenidade de Corpus Christi reuniu milhares de fiéis na Praça São Pedro.
Reportagem de Danúbia Gleisser e Daniele Santos
Na procissão de Corpus Christi, o Papa Leão XIV caminhou entre os fiéis, saindo da Basílica de São João de Latrão até a Basílica de Santa Maria Maior. Uma multidão o acompanhou com velas, cantos e orações. É o Sucessor de Pedro, apontando a todos Aquele que é a nossa salvação, Jesus. Ao final, Leão deu a bênção com o Santíssimo Sacramento.
Antes da procissão de Corpus Christi, o Papa celebrou a missa da Solenidade do Corpo de Cristo e Conclusão do Jubileu dos Governantes com a presença de parlamentares de várias partes do mundo. Na homilia, destacou que “Cristo é a resposta de Deus à fome do homem, pois seu corpo é o pão da vida eterna”.
“Quando nos alimentamos de Jesus, pão vivo e verdadeiro, vivemos por Ele. Oferecendo-se totalmente, o Crucificado, Ressuscitado, entrega-se a nós, que assim descobrimos que fomos feitos para nos alimentarmos de Deus”.
Aos governantes o Papa afirmou “que uma boa ação política, pode oferecer um serviço eficaz à harmonia e à paz, tanto em nível social quanto no âmbito internacional”.
O presidente da Comunidade Canção Nova, padre Wagner Ferreira, disse.”Deus certamente fez acontecer a sua graça no coração desses irmãos e irmãs parlamentares que estiveram aqui, sem contar, a graça de termos também esse contato com o Santo Padre, o Papa Leão XIV. E a Canção Nova, ela sempre cultivou essa relação institucional”.
A deputada federal, Bia Kicis, expressou: “É uma emoção muito grande, é uma responsabilidade grande, porque a gente sabe quantas pessoas queriam estar aqui e não podem. Então a gente se sente representando todos os católicos que gostariam de poder estar aqui nesse momento”.
O Secretário de Estado de Governo do Distrito Federal, José Humberto Pires de Araújo relatou sua alegria com a participação no evento. “Fico muito honrado, muito feliz de ver esse momento tão importante, uma viagem que certamente será um engrandecimento para mim, para minha esposa, para todos nós em relação à nossa fé, um aprofundamento, mas também representando o Brasil”.
Na oração do angelus o Santo Padre continuou a reflexão sobre a Eucaristia e, mais uma vez pediu a paz. “Cada membro da comunidade internacional tem uma responsabilidade moral: deter a tragédia da guerra, antes que ela se torne um precipício irreparável. Não existem conflitos ‘distantes’ quando a dignidade humana está em jogo”.
O Papa alertou ainda que a guerra não resolve os problemas, mas os amplifica e produz feridas profundas na história dos povos, que levam gerações para cicatrizar.
“Nenhuma vitória armada poderá compensar a dor das mães, o medo das crianças, o futuro roubado. Que a diplomacia faça silenciar as armas! Que as Nações moldem seu futuro com obras de paz, não com violência e conflitos sangrentos!”.
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