13 de maio

Em Fátima, cardeal Spengler afirma: "Precisamos de um coração de mãe"

Em Missa conclusiva da peregrinação ao Santuário de Fátima, cardeal brasileiro deixa convite à esperança e a “acolher a Palavra” de Jesus

Da redação, com Agência Ecclesia

Cardeal Jaime Spengler, presidente da CNBB, preside Missa no Santuário de Fátima / Foto: Agência Ecclesia

O Cardeal Jaime Spengler, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Arcebispo de Porto Alegre, presidiu nesta terça-feira, 13 de maio, a Missa conclusiva da peregrinação internacional ao Santuário de Fátima, Portugal.

Dom Jaime disse que a humanidade vive “tempos delicados, tensos”, que se alimentam do “medo”. “Tempos em que, talvez, alguns só pensam em si. Tempos de autoritarismos, de vários matizes. Tempos de fundamentalismos que não promovem a vida. Tempos em que a casa comum clama por cuidado. Tempo carente de abertura para o outro e abertura para a solidariedade. Tempo carente de esperança”, destacou.

O cardeal brasileiro pediu aos milhares de peregrinos que enfrentaram a chuva, na Cova da Iria, oração por um “um coração bom, capaz de acolher sempre e de novo”, à imagem de Jesus, por intercessão da Virgem Maria.

“Não tenhas medo! Hoje nós vivemos numa sociedade marcada pelo medo: medo de guerras, medo de migrantes, medo de não conseguir levar a termo a vida assumida, medo de cair doente, medo de morrer, medo uns dos outros”, advertiu. E acrescentou: “E Nossa Senhora continua a te dizer, a me dizer, a nos dizer: não tenhas medo, eu sou a tua Mãe”.

Dom Jaime Spengler agradeceu o convite para presidir às celebrações do 13 de maio, desafiando os presentes a “acolher a Palavra” de Jesus e “dar-lhe corpo, na própria carne”, como fez Maria.

Maria é mãe! Mãe constitui um modo de ser que cobre toda a existência. Pertence à maternidade a participação no crescimento do filho, em sua educação, na definição de seu sentido de vida, no destino histórico a ser assumido. A verdadeira mãe, a mãe autêntica, continua a gerar o seu filho até a sua morte, é sempre mãe. Assim foi Maria de Nazaré”.

“Precisamos de um coração de mãe”

A homilia apresentou Maria como “mulher de fé”, precisando que “progredir na fé, avançar nesta peregrinação espiritual que é a fé, não é senão seguir Jesus, o Filho Amado, ver como Ele se comporta e pôr os pés nas suas pegadas”.

O responsável católico assinalou ainda que a devoção mariana “não é um capricho religioso”, “mas uma exigência de nossa vida cristã de batizados e batizadas, de filhos e filhas”.

“Em nossa prática religiosa e na devoção a Maria, nos damos conta que precisamos de um coração de mãe, um coração que saiba perceber a ternura de Deus e ouvir as palpitações do coração de todo ser humano. De todo ser humano, de todo ser humano!”, apelou.

O presidente da CNBB elogiou a presença de milhares de pessoas que, “mesmo debaixo de chuva”, estiveram na Cova da Iria como “peregrinos de esperança”, convidando a multidão a cantar o ‘Ave de Fátima’, durante largos minutos, mulheres e homens, à vez, e depois todos juntos, num momento sublinhado por um aplauso da multidão.

Para esta celebração anunciaram a sua inscrição, nos serviços do Santuário de Fátima, 173 grupos de peregrinos para o dia 13 de maio, oriundos de cerca de 35 países dos cinco continentes. A peregrinação contou com a presença de duas dezenas de bispos, entre eles três cardeais.

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