Uma iniciativa em uma paróquia de Campinas transformou tradição em solidariedade
Mauriceia Silva,
Da Redação
Na celebração da Solenidade de Corpus Christi, 16, a Paróquia São Marcos o Evangelista, da Arquidiocese de Campinas, fez o tradicional tapete de uma forma diferente: sal colorido, sementes, borra de café e serragens deram lugar a alimentos não perecíveis doados por fiéis, para preparar o caminho por onde o corpo de Cristo iria passar.
Segundo o padre Antônio Rodrigues, o tapete de Corpus Christi tem como tema, Jesus pão dos céus e pão dos pobres:
“Fizemos o nosso tapete com alimentos que fizemos para doar aos pobres, e que montaremos as cestas, e que também vai auxiliar na nossa cozinha solidária.”
No dia em que a liturgia comemora “o pão que os anjos comem”, o gesto concreto de generosidade, vem trazer o pão para quem tem fome.
A festa de “Corpus Christi” é a celebração em que de modo solene, a Igreja comemora o Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Este é o único dia do ano, que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às ruas.
Uma das tradições mais presentes no Corpus Christi no Brasil, é a confecção de tapetes que adornam o trajeto do cortejo.
Esta tradição teria começado no arquipélago dos Açores, pertencente a Portugal, no século XIII. Ela foi trazida para o Brasil com a chegada dos portugueses, em 1500 e continua viva até os dias atuais.
Sobre a importância desta Solenidade, o Papa Urbano IV escreveu: “Embora a Eucaristia seja celebrada solenemente todos os dias, na nossa opinião é justo que, pelo menos uma vez por ano, se lhe reserve mais honra e solene memória.
O Catecismo da Igreja Católica diz que a Eucaristia é o coração e o cume da vida da Igreja, porque nela Cristo associa a sua Igreja e todos os seus membros ao seu sacrifício de louvor e de ação de graças.
“…oferecido ao Pai uma vez por todas na cruz; por este sacrifício, Ele derrama as graças da salvação sobre o seu corpo, que é a Igreja” (CIC, §1407).