COMEMORAÇÃO

Em 12 de Outubro, a Igreja celebra memória litúrgica de São Carlo Acutis

No dia 12 de Outubro, a Igreja ganhou mais uma comemoração: a memória litúrgica do mais novo santo: Carlo Acutis. Em uma entrevista exclusiva ao Jornalismo Canção Nova, o Diretor Espiritual do Apostolado Devotos de Carlo Acutis, Padre Fabio Vieira, falou sobre a data e recordou o momento da canonização.

Reportagem de Roger Ferrari e Daniele Santos

A recordação do tão esperado 7 de setembro, data da canonização do agora Santo Carlo Acutis, está viva na mente do padre Fábio Vieira.

“O coroamento, de tudo aquilo que após a morte do Carlo, com a abertura do processo se iniciou 18 anos depois da morte desse jovem, a Igreja nos coloca como modelo, como modelo de vida. Então, foi tudo tão rápido, eu ainda estou digerindo”, disse o diretor espiritual do Apostolado Devotos de São Carlo Acutis, padre Fabio Vieira.

Até a canonização foram 18 anos de espera. “Viver aquele momento ali da missa de canonização foi também assim, passa um filme, porque nós tivemos no meio de tudo isso, uma pandemia. E eu diria que naquele momento foi onde o Carlo se tornou conhecido mundialmente, porque o Santo, que é candidato a patrono da internet, porque ainda não sabemos, foi num ano que a internet se tornou o único instrumento de comunicação, de aproximar as pessoas e de repente aparece esse jovem”, retomou padre Fábio.

Um dos milagres que levou Carlo aos altares ocorreu no Brasil. Mateus Viana, da cidade de Campo Grande sofria de pâncreas anular, uma doença congênita rara. Ele foi curado após tocar uma relíquia de Carlo Acutis durante uma missa. 

“E mais uma vez eu digo que é do Brasil para o mundo, porque a visibilidade em torno do milagre fez com que justamente o Carlos se tornasse conhecido no mundo inteiro.

E bem no meio desse centro eu estava envolvido, porque naquele ano eu estava lá com a família dele”, afirmou ele. 

E a memória do jovem de calça jeans já tem data para ser celebrada anualmente. “Na tradição da Igreja, a memória litúrgica de um santo sempre acontece ou na no nascimento ou na morte. A do Carlo ficou na morte, 12 de outubro”, constou o padre.

Para o sacerdote, Carlo despertou o desejo de santidade na vida de muitas pessoas. “Carlo, de certa forma chamou atenção, impactou muitas vidas, porque parecia que a santidade estava fora de moda ou tava esquecida ou ninguém queria ser mais santo. E de repente um jovem dos nossos tempos, bem próximo de nós, se torna santo. Todo mundo ficou assim:’Como?’. E tantas profecias já vinham dizendo isso, inclusive de João Paulo II, dos santos jovens de calça jeans e tanto. Gente, uma coisa que eu sempre repito, a santidade vai ser sempre um chamado de Deus. É um chamado de Deus. Então, ela perpassa o tempo. E esse chamado de Deus é no tempo e no contexto histórico que a gente vive.

Eu vi que muita gente quis colocar um hábito no Carlo. Qual que vai ser a imagem oficial? Carlos vai estar vestido do quê? Vestido como ele era. Um leigo, como qualquer outro leigo, que fez um caminho por opção, por acolhimento ao chamado de Deus. E a partir disso, muitos jovens se sentiram atraídos para conhecer, para descobrir esse jovem. Por quê? O que ele tem, o que ele fez? Que história é essa de santidade? Então, resgatou muito esse processo de querer pensar, rever o seu caminho de santidade”, completou ele. 

“Ele era um jovem como eu, que nasceu na mesma geração que eu, gostava de jogar videogames, ia pra escola, estudava e ele era um jovem como eu. Ou então se ele conseguiu alcançar a santidade, imagine eu. Acho que eu vou conseguir também”, concluiu o peregrino do Brasil Emanuel Santos.

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