Pai e mestre da juventude

Dom Bosco valorizou o primado de Deus, recorda padre salesiano

Padre Edson Donizetti Castilho, salesiano de Dom Bosco, recorda traços da vida do santo que são inspiração ainda hoje, em especial no trabalho com a juventude

Jéssica Marçal
Da Redação

Dom Bosco é celebrado pela Igreja em 31 de janeiro / Foto: Arquivo

Pai e Mestre da Juventude, fundador da obra salesiana no mundo. Nesta segunda-feira, 31, a Igreja celebra o Dia de Dom Bosco, santo que, com criatividade e amor, se empenhou na evangelização dos jovens.

Por ocasião da data, o padre salesiano Edson Donizetti Castilho, pároco da Paróquia Santa Luzia, no Jardim Nordeste, em São Paulo capital, recorda o pai fundador com grande alegria. Ele destaca que muitas coisas podem ser ditas sobre Dom Bosco: empreendedor de incontáveis obras, homem de ardor missionário ou formador de uma grande família espiritual (os salesianos).

“Tem uma base, um fundamento para que ele pudesse ser este homem, este santo, educador e sacerdote que foi: o seu sentido de Deus. Dom Bosco sempre prezou esta dimensão: valorizar o primado de Deus na sua vida. Era Deus mesmo quem orientava as suas ações”.

Três grandes “paixões” de Dom Bosco

Nessa busca por ser um homem de Deus e instrumento em Suas mãos, o santo tinha três grandes paixões, conta padre Edson.

A primeira delas é a juventude. A segunda foi uma grande paixão pela educação. Dom Bosco entendia ser a mediação mais preciosa para a transformação da vida dos jovens. E a terceira, era um jeito próprio de fazer educação, alcançando o coração dos jovens: o sistema preventivo de Dom Bosco. Assista abaixo à explicação do sacerdote sobre esses três pontos:

Dom Bosco e Nossa Senhora

Outro ponto importante da vida de Dom Bosco foi sua relação com Nossa Senhora. “Dom Bosco olhava para Nossa Senhora, em primeiro lugar, como mãe. Dentro do oratório, sobretudo o mês de maio era um mês riquíssimo, em que a devoção a Nossa Senhora era cantada e celebrada de maneira criativa e abundante”.

Ao mesmo tempo, o santo olhava para Nossa Senhora como mestra e pedagoga, aquela que ensina, conduz e fortalece. Segundo padre Edson, essa relação filial e de confiança com Nossa Senhora é uma das heranças deixadas por Dom Bosco. Assista ao comentário:

Vida e obra

Natural de Turim, na Itália, Dom Bosco nasceu em 16 de agosto de 1815. Aos 26 anos de idade, foi ordenado padre, tendo como marca seu estilo carismático e próximo, sobretudo, dos jovens. Um padre corajoso, mas que foi também muito incompreendido. Ele chegou a ser chamado de louco por muitos, por sua ousadia e docilidade ao Espírito Santo.

O santo foi o criador dos oratórios, um meio de catequizar e educar os jovens de sua época, um sistema que perdura até hoje. Em 1859, tendo o auxílio do Papa Pio IX, fundou a Congregação dos Salesianos, dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão.

Morreu aos 72 anos, em 31 de janeiro de 1888. Sua beatificação foi em 2 de junho de 1929 e a canonização em 1º  de e abril de 1934. No centenário de sua morte, em 1988, São João Paulo II o declarou “pai e mestre da juventude”.

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